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STF autoriza inquérito contra Renan e Delcídio Amaral

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publicado em 02/12/2015 às 06h18
atualizado em 02/12/2015 às 07h03
Senadores tiveram pedido de inquérito pedido ao STF

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um terceiro inquérito contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS) no âmbito da Lava-Jato. Caberá ao ministro Teori Zavascki decidir se atende ou não o pedido de Janot. A tendência é pela abertura de inquérito, já que a praxe no STF é atender as solicitações do chefe do Ministério Público Federal. Os três casos estão sob sigilo. No último pedido, Janot informa que quer investigar o parlamentar por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Também nesta terça-feira, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo, autorizou abertura de mais dois inquéritos sobre os desvios de dinheiro na Petrobras. Atendendo pedido do Ministério Público Federal, Teori abriu outro inquérito para investigar o senador Delcídio Amaral (PT-MS), junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O segundo inquérito investigará Jader, Renan e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE). O grupo é suspeito de ter cometido corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os pedidos para abrir esses dois inquéritos foram enviados ao STF na segunda-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Hoje, Zavascki autorizou diligência solicitada por Janot e enviou os inquéritos à Polícia Federal. Os inquéritos tramitam em sigilo e as diligências a serem cumpridas não foram divulgadas. Podem ser, por exemplo, depoimentos dos investigados ou de testemunhas.

O primeiro inquérito aberto sobre Delcídio foi aberto na semana passada e gerou a prisão dele. Renan responderá ao quinto inquérito na Lava-Jato no STF e Aníbal, ao quarto. Em relação a Jader, será o primeiro inquérito contra ele sobre o assunto aberto no tribunal.

Não foram divulgados documentos com detalhes sobre as investigações. Há somente a informação de que o pedido foi feito com base em uma petição que tramita de forma oculta no tribunal. A petição trata de uma delação premiada – que, por lei, deve ser mantida em sigilo. Uma das delações homologadas recentemente foi a do lobista Fernando Baiano.

Com as novas investigações, haverá no STF 35 inquéritos sobre a Lava-Jato. Ao todo, são 68 investigados. Desses, há 23 deputados, 14 senadores, um ministro de estado e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A expectativa é de que o rol de investigados seja ainda maior, porque a corte mantém investigações ocultas, sem disponibilizar sequer o nome do suspeito ao público.

G1

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