João Pessoa, 13 de novembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Gângster

Johnny Depp está assustador no filme Aliança do Crime

Comentários: 0
publicado em 13/11/2015 às 09h53
atualizado em 13/11/2015 às 06h56

Johnny Depp já interpretou um vampiro, um pirata, um barbeiro assassino, um ladrão de bancos, um terrorista e um traficante, entre outros personagens pouco amigáveis, mas nunca foi tão assustador como no filme Aliança do crime, que entra em cartaz hoje no Brasil. No papel do mafioso James “Whitey” Bulger, além de estar com um visual quase irreconhecível, o ator parece transpirar podridão. Ele consegue personificar um criminoso como uma criatura realmente desprezível, sem se aproximar daquele tipo de glamour comum em cinebiografias de lendas do crime

Indicado ao Oscar três vezes (por Sweeney ToddPiratas do Caribe e Em busca da Terra do Nunca), Depp pode chegar novamente perto da estatueta, mas enfrentará candidatos como Leonardo DiCaprio (O regresso), Michael Fassbender (Steve Jobs), Will Smith (Concussion) e Eddie Redmayne (A garota dinamarquesa). O conjunto da obra do ator deve pesar a favor, apesar de ele estar em uma fase ruim por causa de trabalhos menos expressivos em filmes como Mortdecai (2015), Caminhos da floresta (2014) e O Cavaleiro Solitário (2013). A associação entre a atuação dramática e a maquiagem transformadora, que chama bastante atenção em Aliança do crime, também costuma render bons resultados na premiação.

Bulger é um personagem real que comandou o crime organizado em Boston no início da década de 1980. O filme mostra como ele colaborou durante anos para o FBI em troca do acobertamento de suas ações. O esquema de delações, entretanto, deu origem a uma rede de corrupção baseada em valores de lealdade, já que principal intermediário do criminoso com a polícia era seu amigo de infância, o investigador John Connolly (vivido por Joel Edgerton, o faraó Ramsés de Êxodo: Deuses e reis).

O cineasta Scott Cooper (Coração Louco) adota um tom sóbrio para reconstituir o caso. Com ações costuradas por depoimentos dos delatores, ele narra os acontecimentos com certa frieza e evita afirmações estilo, sem tentar despertar nenhum tipo de fascínio pelos gângsters. O conteúdo importa mais do que a forma, até porque a simples presença de Depp (conciso, sem cenas extremadas, mas gradativamente asqueroso) já é suficentemente carregada de dramaticidade, sem a necessidade de ênfases.

Pernambuco.com

Leia Também

MaisTV

Na PB, Camilo Santana detalha Pé-de-Meia: “Medida para o futuro”

"PÉ DE MEIA" - 03/05/2024

Opinião

Paraíba

Brasil

Fama

mais lidas