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LAVAGEM DE DINHEIRO

Investigada, mulher de governador depõe na Polícia Federal

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publicado em 11/11/2015 às 18h35
atualizado em 11/11/2015 às 15h39

A mulher do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT), Carolina de Oliveira, prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (11), em Belo Horizonte. Durante a oitiva, ela se manteve em silêncio. A primeira-dama é investigada na Operação Acrônimo, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e irregularidades na campanha do chefe do Executivo mineiro.

Em maio de 2015, quando deu início à Operação Acrônimo, a PF buscava a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado. A aeronave transportava Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel ao governo mineiro.

O depoimento ocorreu em um hospital da capital mineira. Carolina está no oitavo mês de gravidez e precisou de supervisão médica. De acordo com o advogado dela, nada foi dito porque a defesa não teve acesso aos documentos que constam nos autos.

No início de outubro, o diretor-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges, esteve na Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte para prestar depoimento, dentro da 3ª fase da Operação Acrônimo.

Na ocasião, o advogado Marcelo Leonardo informou que o executivo compareceu à PF porque foi intimado, na condição de investigado. Segundo o  criminalista, ele prestou esclarecimento e foi liberado. O conteúdo das declarações não foi revelado pela defesa.

A Policia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Borges, onde foram apreendidos mídias eletrônicas como notebooks, tablets, pen-drive e telefones celulares, segundo o advogado Marcelo Leonardo. O presidente da Cemig foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior entre fevereiro e dezembro de 2014, após Fernando Pimentel deixar a pasta para concorrer na eleição para governador de Minas Gerais.

A segunda etapa da operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Brasília, Belo Horizonte, Uberlândia, Rio de Janeiro e São Paulo em junho de 2015. Em Belo Horizonte, os agentes apreenderam material em um escritório onde funcionou o comitê campanha de Pimentel em 2014, no bairro da Serra. Em Brasília, um dos mandados foi cumprido em uma agência de publicidade. À época, a assessoria de imprensa do governo de Minas Gerais disse que as ações da PF foram “abusivas”.

Na primeira fase da Acrônimo, a PF fez buscas no apartamento da mulher de Pimentel, a jornalista Carolina de Oliveira, em Brasília. Na época, o governador classificou a ação como um “equívoco”.

“Ocorre que o mandado de busca e apreensão foi expedido com base numa alegação, numa definição inverídica, absolutamente inverídica”, disse o governador na ocasião. Dois dias depois, o advogado de Carolina de Oliveira, Pierpaolo Bottini, entregou à Justiça Federal em Brasília documentos que comprovariam a inocência da primeira-dama mineira.

G1

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