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'Sensação de Justiça'

Pai de cantor morto comemora ida de acusado a júri

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publicado em 13/09/2015 às 11h04

A decisão do juiz Antonio Alvaro Castello, que obriga Thiago Batista Barros a ser julgado pelo júri popular, por conta da morte do músico Dan Nunes, em março deste ano, em Santos, no litoral de São Paulo, deixou o pai do cantor, Silvio Aquino, aliviado. A decisão foi tomada na tarde da última sexta-feira (11). A data do júri ainda não foi definida.

Dan Nunes foi morto com um tiro pelas costas no dia 30 de março de 2015, na porta de um bar onde ele tinha acabado de fazer um show com sua banda, a Tr3vo. Thiago teria efetuado o disparo contra o cantor por ele ter se relacionado com sua ex-mulher. Em depoimento, a pivô do crime disse que se relacionava com ambos e falava de um para o outro, com o objetivo de incitar ciúmes. Thiago foi preso no dia 7 de julho após se apresentar à Justiça.

Para o pai do cantor, a decisão do juiz de fazer com que Thiago Batista Barros se explique, em júri popular, não faz com que a família fique feliz, mas dá a ideia de que a Justiça está sendo feita. “Não conforta, nem nos deixa feliz. Nos dá a sensação de que se pode fazer Justiça nesse país”, afirma.

Na quarta e última audiência que julga o caso, realizada no dia 31 de agosto, os advogados de defesa de Thiago entraram com pedido para que o acusado respondesse pelo crime em liberdade.

O fato de o criminoso permanecer preso durante todo o período de julgamento também minimizou a tristeza de Silvio. “O mais importante é que ele vai permanecer preso até o júri popular, pois se ficasse solto, o advogado dele ia recorrer até em Brasília e ele ia permanecer solto”, completa.

O júri popular será a última fase do julgamento de Thiago. A conclusão do caso também anima o pai do cantor. “Nós estamos chegando à fase final do processo. Isso diminui a aflição. Nossa perda, a destruição que esse cara causou, nunca será reposta, mas, com esse julgamento e sabendo que ele está preso, nós ficamos com o sentimento de que a Justiça está sendo feita”, finalizou.

Com a decisão, o acusado aguardará o julgamento em reclusão no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente.

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