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Inflação de 9,56% é a maior desde 2003 no país

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publicado em 07/08/2015 às 10h20
atualizado em 07/08/2015 às 10h33

O consumidor brasileiro sentiu impacto menor da inflação no bolso em julho, depois de vivenciar, no mês anterior, o pior junho desde 1996. Mesmo tendo desacelerado de 0,79% para 0,62%, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou o valor mais elevado, para o sétimo mês do ano, desde 2004, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 9,56%, o mais elevado desde novembro de 2003, quando ficou em 11,02%. O resultado está bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%.

No ano, a inflação subiu 6,83% e também foi recorde para o período desde 2003, quando atingiu 6,85%.

“Os meses de julho em geral são os menores resultados de cada ano. Foi diferente [em 2015] porque todo esse ano está sendo diferente em tudo. Os julhos costumam ser mais baixos por causa dos preços dos alimentos que tendem a puxar o resultado do IPCA para baixo. Isso não aconteceu nesse ano porque os alimentos subiram mais do que o padrão dos meses de julho”, explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE.

A estimativa mais recente dos economistas do mercado financeiro indica que o IPCA fechará o ano em 9,25%. Se confirmado este índice para 2015, será a maior inflação desde 2003 (9,3%).

De acordo com o IBGE, a energia elétrica, que ficou 4,17% mais cara, foi o item que mais contribuiu individualmente no aumento geral de preços em julho. Em Curitiba e São Paulo, por exemplo, a tarifa aumentou mais de 11%. Além das contas de luz, as de água e esgoto também ficaram, em média, 2,44%.

G1

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