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Policiais fazem parto de emergência em quintal de casa no DF

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publicado em 24/03/2015 às 18h04
atualizado em 24/03/2015 às 15h07

Um parto de emergência foi realizado por policiais militares no Varjão, uma das regiões administrativas do Distrito Federal, na tarde da última segunda-feira (23). Em entrevista ao Terra , o soldado Marcos Paulo, que participou do atendimento, afirmou que os agentes nunca haviam passado por uma experiência deste tipo.

A PM informou que a equipe do 24º Batalhão estava no Posto Policial do Varjão, quando foi acionada. Marcos, que aparece de farda azul-marinho na gravação feita por um colega, afirmou que um parente da grávida chegou à base pedindo socorro. Ele dizia que a mulher estava em uma casa da quadra 9, sentindo muitas dores. Na filmagem, a gestante aparece deitada sobre o chão, em um colchão improvisado.

A caminho do local, a corporação acionou o Corpo de Bombeiros, que estaria mais apto a realizar o parto. No entanto, devido à localização do posto, os policiais chegaram antes à casa, onde constataram que o bebê estava prestes a nascer e que não daria tempo de chegar a um hospital.

Além de encarar o desafio, os soldados enfrentaram complicações no parto. De acordo com Marcos, a criança estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Diante da situação, os agentes precisaram recorrer a procedimentos aprendidos em cursos da PM para evitar que o bebê sofresse asfixia ou algum trauma ao ser expulso do útero.

A menina nasceu por volta das 16h. Apesar do sucesso do parto, a demora do bebê em recuperar a respiração gerou tensão. O soldado Murilo Marques deu pequenos tapas nas costas da criança, que logo quebrou o silêncio com um choro, trazendo alívio para a mãe e para os policiais.

Marcos contou que a viatura do Corpo de Bombeiros chegou assim que o parto foi encerrado. Os agentes cortaram o cordão umbilical e fizeram os procedimentos finais, antes de levar a mãe e o bebê para atendimento médico. Segundo o policial, as duas se recuperam no Hospital Regional da Asa Norte (HRAM) e estão “muito bem”.

“Foi uma experiência maravilhosa, algo indescritível! Foi um momento lindo. É realmente um presente divino ver uma criança vindo ao mundo. A Polícia Militar está sempre em contato com a criminalidade, com o pior que a sociedade tem. Participar de um momento desse, no final do serviço, foi realmente indescritível”, disse.

Quanto à reação dos colegas, o soldado afirmou que o Comando Geral da PM agradeceu e elogiou a equipe pelo trabalho. “A gente, quando sai de casa, sai disposto a fazer tudo o que a sociedade precisar. A gente só espera o reconhecimento de Deus, mas é muito bom receber o apoio que temos recebido. Por vezes, erramos, mas também acertamos. Quando acertamos, é muito bom receber esse reconhecimento”, finalizou.

Terra

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