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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), criticou nesta terça-feira (9) o deputado federal Glauber Braga (PSOL) por ocupar a sua cadeira em forma de protesto após o processo de cassação movido contra ele ser colocado em pauta na Casa Legislativa.
Na redes sociais, Hugo disse que o parlamentar “agrediu o funcionamento das instituições” e seguiu o mesmo comportamento dos “extremistas que tanto critica”.
“O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele”, avaliou Hugo.
Entenda
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da cadeira da presidência da Câmara dos Deputados, na noite desta terça-feira (9), por agentes da Polícia Legislativa. O parlamentar ocupou o assento em prostesto ao processo de cassação movido contra ele.
Além da possibilidade de perder o mandato, Glauber protestou contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de votar nesta terça-feira (9) o projeto de lei da dosimetria a condenados dos antidemocráticos do 8 de janeiro.
Ao sentar na cadeira do presidente, Glauber disse que só sairia do local sendo retirado pela Polícia Legislativa.
A ocupação gerou interrupção nos trabalhos da Casa e levou à retirada de jornalistas e assessores do plenário. A TV Câmara teve a transmissão cortada após o início do protesto.
Leia o posicionamento de Hugo na íntegra
Quando o deputado Glauber Braga ocupa a cadeira da Presidência da Câmara para impedir o andamento dos trabalhos, ele não desrespeita o presidente em exercício. Ele desrespeita a própria Câmara dos Deputados e o Poder Legislativo. Inclusive de forma reincidente, pois já havia ocupado uma comissão em greve de fome por mais de uma semana.
O agrupamento que se diz defensor da democracia, mas agride o funcionamento das instituições, vive da mesma lógica dos extremistas que tanto critica. O extremismo não tem lado porque, para o extremista, só existe um lado: o dele.
Temos que proteger a democracia do grito, do gesto autoritário, da intimidação travestida de ato político. Extremismos testam a democracia todos os dias. E todos os dias a democracia precisa ser defendida. Determinei também a apuração de possíveis excessos em relação à cobertura da imprensa.
MaisPB
ANTES QUE ACONTEÇA - 09/12/2025