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Prefeitura diz que vai pagar hospitais após ameaça de paralisação em Campina Grande

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publicado em 26/09/2025 ás 18h20
Foto: PMCG

A Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande informou, no final da tarde desta sexta-feira (26), que deu início a execução do cronograma financeiro de repasses destinados a hospitais e clínicas da rede complementar do Sistema Único de Saúde no Município.

De acordo com a Prefeitura, o restante dos pagamentos será feito aos estabelecimentos privados credenciados ao longo da semana, garantindo a regularidade dos serviços.

A execução do cronograma de repasses ocorre após hospitais e clínicas privadas de Campina Grande que mantêm convênios com a Prefeitura Municipal protocolarem, na manhã desta sexta-feira (26), um ofício junto ao gabinete do prefeito Bruno Cunha Lima (União) relatando a dificuldades que convivem com a falta de repasses e, consequentemente, o risco de paralisar as atividades diante da ausência de recursos.

O documento é assinado pelas diretorias da Clínica Dr. Maia, da Fundação Assistencial da Paraíba – FAP, dos hospitais Antônio Targino e Clípsi, além da Oftalmoclínica Saulo Freire. Os empreendimentos dizem que “se encontram-se em iminente colapso financeiro, com risco real de paralisação das atividades”.

Em contato com o Portal MaisPB, o presidente da FAP, Derlópidas Neves, afirmou que os médicos e clínicos prestadores de serviço não pretendem paralisar as atividades, mas querem receber os repasses que estão faltando.

“Se não houver essa decisão, todos os nossos prestadores, todos aqueles que prestam serviço ao município, vão fazer as suas paralisações (…) Se fomos efetivamente parar, nós queremos receber os nossos recursos que foram prestados ao município de Campinha Grande através da contratualização e o intuito nosso não é de paralisação, o intuito nosso é de prestação contínua do nosso serviço, mas aí de 5 a 6 mil pacientes serão afetados se caso houver a paralisação”, disse.

No texto, as unidades pedem uma audiência para tratar sobre o atraso nos pagamentos através do Fundo Municipal de Saúde de Campina, diante da falta de respostas por parte da gestão.

“Ressaltamos que, até a presente data, assim como nos meses anteriores, não foram repassados os valores da MAC (Média e Alta Complexidade) e do FARC (Fundo de Ações Estratégicas). A maioria dos hospitais signatários sequer conseguiu efetuar o pagamento dos salários de seus funcionários, afetando diretamente cerca de 2.000 famílias que dependem do trabalho nestas instituições”, assinala o ofício.

Os hospitais e clínicas afirma que caso não sejam tomadas providências imediata, os serviços poderão ser paralisados a partir do dia 30 de setembro.

MaisPB