A Corregedoria da Polícia Militar da Paraíba informou, nesta quarta-feira (23), que abriu uma investigação interna para apurar a conduta de um dos seus agentes. A medida ocorre após a divulgação de um laudo pericial que aponta que o jovem Guilherme Pereira, morto junto da namorada Ana Luiza, em um acidente de moto no bairro de Muçumagro, em João Pessoa, foi atingido por um tiro na cabeça antes da colisão.

Em contato com o Portal MaisPB, a Polícia Militar afirmou que a reviravolta no caso, que inicialmente foi tratado como acidente de trânsito, surpreendeu a corporação.

“Tomamos conhecimento via redes sociais. A Polícia Militar já abriu a investigação preliminar, já tomou a medida administrativa de transferir o militar da esfera operacional para a esfera administrativa e estamos aguardando os documentos oficiais que deverão ser encaminhados em breve pela Polícia Civil ou pelo juiz competente, mas até então nós não recebemos a informação oficial, mas estamos tomando todas as medidas necessárias para melhor elucidar o caso”, relatou o corregedor auxiliar Bergson.

O laudo que motivou a reabertura das investigações foi assinado por três peritos do Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC). Ele confirma que Guilherme foi atingido por um tiro que transfixou o crânio, entrando pelo lado esquerdo e saindo pelo direito, além de perfurar o capacete que ele usava no momento do acidente.

A morte

O caso, que aconteceu na madrugada do dia 30 de novembro de 2024, foi inicialmente investigado pela Delegacia de Crimes de Trânsito, mas, após pressão das famílias e a exumação dos corpos em julho deste ano, passou a ser conduzido pela Delegacia de Homicídios.

Segundo a versão da PM à época, Guilherme e Ana Luiza estavam em uma das motos que fugiram de uma abordagem policial nas imediações da Praia do Sol. Durante a fuga, o jovem teria perdido o controle da moto e colidido com um poste, causando a morte do casal. A nova linha de investigação, no entanto, considera que os jovens possam ter sido baleados por agentes antes da colisão.

A Polícia Militar reafirma que, caso outros policiais estejam envolvidos, as investigações serão ampliadas. O caso segue sob apuração.

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