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Álvaro Resende, o publicitário que não sai de Cartaz

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publicado em 23/05/2024 às 12h54
atualizado em 23/05/2024 às 10h06

Kubitschek Pinheiro

Ele nasceu em João Pessoa e cedo botou os pés nas ruas, queria trabalhar e fazer seu nome. E fez. Álvaro Resende vem da Copiadora Paraibana, localizada na avenida Epitácio Pessoa, a melhor da cidade. Foi Álvaro que implantou o serviço de publicidade na Copiadora Paraibana, pela necessidade e abraçar a demanda por esses serviços, que não paravam de crescer.

A sacada do nome CP Designer  veio exatamente da Copiadora Paraibana, quando o publicitário Resende estava à frente do departamento financeiro da empresa que era de seu irmão, da qual ele virou sócio. “Senti a necessidade de criar um novo local e separar os serviços de agência de publicidade dos serviços de bureau. Escolhi esse nome porque, na época, eu estava à frente do departamento comercial da Copiadora Paraibana e era muito conhecido no comércio local. Fiz um vínculo com o ‘C’ de Copiadora e o ‘P’ de Paraibana, adicionando ‘Designer’.

Álvaro está no mundo antes da globalização. Nas portas do ano 2000 botou na cara da cidade, sua carreira solo. E soma muitos vitórias – entre eles o rótulo da nossa cachaça Serra Limpa, a campanha de lançamento do MAG Shopping com sua primeira identidade visual, o Bessa Shopping, Di Classe, CID (Centro Integrado de Diagnóstico), que era o maior centro de serviços de imagem médica da época.

Durante muitos anos, a CP Designer  realizou a campanha da maior loja de venda de celular da Paraíba, a Marcell Telecomunicações.m trabalhamos com várias indústrias locais de diversos segmentos.

Leia a entrevista que ele concedeu ao Espaço K, descubra o caminho do empreendedorismo e seja vitorioso também

Espaço K – Álvaro é uma pessoa bacana, não é? Então, quem é Álvaro?

Álvaro Resende – Álvaro Resende é filho de João De Deus Resende e Terezinha Batista Resende, nativo de João Pessoa. Desde pequeno, sempre demonstrou uma aptidão para o empreendedorismo e uma fome de conhecimento, buscando aprender um pouco de tudo que estava ao seu redor. Sua jornada começou cedo, aos 14 anos, quando já trabalhava na empresa de seu irmão, Aristóteles Resende, a Copiadora Paraibana. Lá, ele deu seus primeiros passos no mundo dos negócios, começando como faturista, depois copista, chefe de setor, gerente e, eventualmente, sócio.

Espaço K – Como nasceu a Agência Central – esse nome é bom, né?

Álvaro Resende – Quando as tecnologias da informática começaram a surgir nos anos 90, implantei o departamento de artes na Copiadora Paraibana, que na época era pioneira em todos os serviços referentes ao núcleo digital. Enfrentei muitas dificuldades nessa implantação, pois o curso de design gráfico mais próximo era em São Paulo e eu não podia me ausentar da empresa, já que o departamento comercial era de minha responsabilidade. A solução foi adquirir o software mais avançado da época, o Corel Draw 3.5, o que trouxe outro desafio: aprender a operar esse software que só existia em inglês. Passei vários meses me dedicando a aprendê-lo. Como sempre fui autodidata, consegui dominá-lo e montei o maior serviço de design gráfico disponível ao público na Paraíba. Contratei e treinei mais de 10 profissionais na época. Devido a essa estrutura que criei, atraímos as agências de publicidade da cidade e de fora. Surgiu então a ideia de montar uma agência de publicidade, já que oferecíamos uma gama de serviços que as agências prestavam na época.
No entanto, enfrentei outro desafio: não existia curso técnico ou superior em publicidade. Decidi fazer todos os cursos extracurriculares que existiam no Nordeste, absorvendo o máximo de informação para gerir essa nova etapa

Espaço K – E o nome CP Designer?
Álvaro Resende – Quando coloquei o serviço de publicidade dentro da Copiadora Paraibana, a demanda por esses serviços cresceu. Senti a necessidade de criar um novo local e separar os serviços de agência de publicidade dos serviços de bureau. Foi então que abrimos a agência CP Designer (Central Publicidade e Design) no Retão de Manaíra (hoje vizinho ao Bradesco do Retão). Escolhi esse nome porque, na época, eu estava à frente do departamento comercial da Copiadora Paraibana e era muito conhecido no comércio local. Fiz um vínculo com o ‘C’ de Copiadora e o ‘P’ de Paraibana, adicionando ‘Designer’, pois naquela época a maior demanda de uma empresa de comunicação era por identidade visual e logotipos, que eram a porta de entrada para todos os outros serviços.

MaisPB – Já estamos falando da CP Designer – uma agência movimentada – onde está a matriz, saiu do centro da cidade?  Foi para a praia?


Álvaro Resende – Em 1999, desvinculei-me da copiadora paraibana societariamente e comecei uma carreira solo. Como mencionei, esta carreira estava localizada na praia. Continuando, participei de vários trabalhos na cidade, dos quais tenho muito orgulho. Alguns deles incluem o rótulo da nossa cachaça Serra Limpa, a campanha de lançamento do MAG Shopping com sua primeira identidade visual, o Bessa Shopping, Di Classe, CID (Centro Integrado de Diagnóstico), que era o maior centro de serviços de imagem médica da época. Lançamos também os primeiros apartamentos de luxo da cidade pela construtora NB (Luís Barreto). Durante muitos anos, realizamos a campanha da maior loja de venda de celular da Paraíba, a Marcell Telecomunicações. Além disso, criamos uma abertura de desenho animado totalmente produzida dentro da agência, desde a concepção até a finalização, para a maior loja de brinquedos da época, a Toys Story (muito antes do Happy). Também trabalhamos com várias indústrias locais de diversos segmentos.
Ao todo, são 25 anos dedicados a criar, desenvolver e apoiar a comunicação em nosso estado e no Nordeste. Desde 2004, temos consistentemente competido e figurado entre os melhores na área de comunicação, sendo premiados na Sistema Correio , na TV Tambaú, na Sistema Paraíba e no Nordeste Operand somos filiados a SINAPRO PB/ CENP nacional órgão que regulamenta nossa atividade.

MaisPB – Como vocês fazem para chegar a clientes destacados na Paraíba?

Álvaro Resende – Para alcançar clientes destacados na Paraíba, nossa empresa de comunicação sempre se empenhou em fornecer o melhor para o sucesso de nossos clientes. Esse compromisso com resultados e parceria com os clientes atendidos tornou-se uma referência ao longo de nossa trajetória. Esse reconhecimento foi se espalhando à medida que clientes satisfeitos indicavam nossa empresa para outros, formando assim uma carteira de empresas conceituadas e alinhadas com nossos objetivos.


MaisPB – Você acha que as redes sociais interferem no trabalho publicitário?
Álvaro Resende – Sobre isso, minha concepção é que as redes sociais são mais um canal de comunicação. A maneira de se comunicar é um dos segmentos que evolui mais rapidamente. Se voltarmos um pouco no tempo, João Pessoa não tinha programas locais de TV. Nessa época, o panfleto impresso, na minha opinião, era o Instagram de hoje. Quem é um pouco mais velho pode lembrar que não podíamos andar nos grandes centros ou parar o carro nos sinais da cidade sem receber um panfleto de oferta de algum produto ou serviço. Hoje, recebemos os mesmos panfletos, só que em nossos smartphones. Na minha opinião, o comportamento é o mesmo: antigamente, recebíamos o panfleto, olhávamos e muitas vezes descartávamos. Hoje, olhamos os anúncios nos celulares. Como comunicadores, precisamos estar onde o consumidor está olhando, seja no panfleto, TV, rádio, revista, telas em shoppings, elevadores, consultórios, outdoor, outbus e em todos os lugares.

MaisPB –  Por que o povo dizia que a propaganda é a alma do negócio?

Álvaro Resende – Não sei exatamente, mas na minha modesta opinião, a “alma” de um negócio é a personificação das interações que ele proporciona, independentemente de seu proprietário. Quantas empresas são centenárias porque seu fundador conseguiu transferir uma ideia ou serviço que se configura em uma “alma” que transcende os anos?

MaisPB –  Me parece que  os Outdoors continuam como boa indicação de uma propaganda?

Álvaro Resende – Como comunicadores, precisamos estar onde o consumidor está olhando, seja no panfleto, TV, rádio, revista, telas em shoppings, elevadores, consultórios, outdoor, outbus e em todos os lugares.

MaisPB – Rádio ou TV? Qual o veiculo que mais atrai o consumidor, hoje em dia, com a velocidade da Internet?

Álvaro Resende – Nos dias atuais, há diversos meios de impactar o consumidor. No entanto, o que eu observo ao longo desses anos é que a decisão do consumidor não é apenas influenciada por uma propaganda atraente ou pelo veículo certo, mas também pelo momento e local em que ele está inserido. Para um consumidor mais abastado financeiramente, um canal fechado pode ser o melhor meio de impactá-lo, enquanto para um menos abastado, um outdoor pode ser mais eficaz. O comportamento do consumidor mudou totalmente nos últimos anos. Hoje, ele é impactado por um anúncio independentemente do meio. Se tiver interesse ou intenção de adquirir, ele fará uma verdadeira pesquisa, buscando todas as informações disponíveis, tanto boas quanto ruins, até decidir pela compra. Portanto, o publicitário não deve ser apenas um especialista em propaganda, mas também em comportamentos humanos, entendendo o contexto em que o consumidor está inserido.

MaisPB – Como veio a ideia do jingle que – “tem um Maurílio em todo lugar”, que nos indica a rede da Laboratórios Maurilio de Almeida?

Álvaro Resende – O jingle do Laboratório Maurílio foi um desafio, pois estávamos começando a trabalhar com a rede. Como sempre, ao entrar em uma empresa, tentamos entender como funciona o serviço e quem são os consumidores dessa empresa. Chegamos ao diretor geral, Fábio Rocha, e perguntamos quem era seu consumidor, qual o valor médio e outras questões técnicas. Ele simplesmente imprimiu um relatório mensal de toda a rede e nos entregou. Com este documento, nos debruçamos e identificamos algumas características dos usuários da rede. Um dos pontos principais que chamou nossa atenção é que as pessoas só vão fazer exames em um laboratório se estiver no caminho delas. Foi este insight que nos fez perceber que os nossos usuários se apropriam intimamente da ideia de que o Laboratório Maurílio estará em seu caminho para resolver seus exames.

“Já estava nesta etapa de desacelerar antes da pandemia e este episódio em nossas vidas mudou o rumo de muitas vidas, inclusive a minha. Tivemos que nos reinventar e adiar por mais alguns anos, não porque meus filhos Nathalia e Diego Resende não estejam prontos – eles já estão na empresa há mais de 10 anos, me acompanhando, se prepararam na área com mestrados, pós-graduações e outras formações. Mas sim porque ainda precisamos organizar alguns departamentos na empresa que precisariam, no momento, da minha presença.

 
MaisPB –  Você nem pensa em pendurar as chuteiras, né?

Álvaro Resende – Nesta minha caminhada como empreendedor, aprendi uma coisa que é recorrente nas empresas: a maioria dos seus fundadores não prepara seus sucessores. E quando falo de preparar, não é academicamente, mas sim emocionalmente, tanto o fundador como seus sucessores. O maior erro deste processo é não dar espaço às novas gerações para tomarem suas decisões na empresa. Eles muitas vezes só acertarão se tentarem, pois são outros tempos, outras decisões. E normalmente o fundador tem em seu DNA uma alta suficiência, achando que não é substituível, o que muitas vezes promove a falência ou decadência de sua atividade ou empreendimento. Mas quero, sim, chegar ao momento de escolher que dia e hora contribuirei na empresa. Ainda não sei quantos anos, só Deus tem esta resposta.”

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