João Pessoa, 15 de abril de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Dizem que a nossa alma é transmitida através da luz dos nossos olhos. Olhos que se veem, almas que se encontram.
Nada mais precioso do que um encontro de almas. Parece um reencontro. A boca diz “muito prazer!”. A alma diz “que saudade!”.
Algumas almas se encontram mesmo sem se verem, pois o mais importante, o imaterial, não depende do tangível.
Parecem-se uma com a outra, sabem se mover uma dentro da outra. Almas simples e humanas, que se aceitam em meio à luz e escuridão que moram em cada uma. Como se fossem idênticas, uma só mente, duas pessoas. Conexão incompreensível materialmente.
Como se tivessem sido criadas pela mesma centelha divina. Algo que não foi forjado, apenas fluiu.
É o que acontece quando você encontra alguém e reconhece nessa pessoa uma parte de si. E você se sente seguro em mostrar-se, não por fora, mas por dentro.
Há quem despreze esse tipo de encontro.
Há quem nunca tenha tido esse tipo de encontro.
Há quem nem saiba do que eu estou falando.
Eu, não aceito nada menos que isso!
Seria perder a grande oportunidade que é viver.
Porque a vida é um encontro.
Então, Olhe-me!
Mas olhe-me por dentro! Sou muito mais do que você pensa que eu sou. Sou muito mais do que eu penso que sou. E, talvez, você consiga me mostrar o que eu mesma não consegui ainda enxergar.
Minha porta estará sempre aberta pra você.
Se você quiser entrar, nunca te deixarei só na porta.
Você entrará e tomará um café comigo, quiçá um vinho.
E me verá.
Passemos devagar pelos olhares!
Olhemos sem pressa. Pois mais vale um segredo desvendado por um olhar do que o melhor dos toques.
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- 07/10/2024