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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Cemitério de carros

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publicado em 26/03/2024 às 07h00
atualizado em 26/03/2024 às 04h56

Chegamos à rua sem saída. E não tem saída? Tem não. Virou um cemitério.

O excesso de carros nas ruas de João Pessoa e a falta de planejamento estão entre os principais culpados dos congestionamentos, nos quatro cantos da cidade.

Ampliar espaços de circulação para automóveis individuais em João pessoa é enxugar gelo, como já bem sabem os responsáveis pela dinâmica do trânsito numa cidade que ainda tem carroças puxadas por jumentos ou pangarés e motos endiabradas – milhares de carros luxuosos. Prefeito, cadê você?

Cara, definitivamente, ninguém segura a bronca do trânsito. Pede pra sair.

Todos os dias aumenta o número de carros no trânsito de João Pessoa. Se a pessoa trabalha no centro, tem que sair mais cedo de casa  e rezar para encontrar um lugar e estacionar.

No ano passado, os brasileiros perderam o equivalente a 21 dias no trânsito, em média.

Empacou geral, estacou, parou, teimou, emperrou. As ciclovias funcionam? Quando o pedestre deixa, ou os motoqueiros.

Li que a produção global é superior a 70 milhões de carros anuais e tende a crescer.

O realismo dessa previsão não a faz menos sinistra. Além do convívio com motoristas que não sabem dirigir, fazer indicação de setas, estacionam em calçadas, em lugares destinados a idosos, deficientes etc. O automóvel particular, bacana da mobilidade, tornou-se hoje o inimigo.

O tal desenvolvimento sustentável exige uma ação firme para evitar o horizonte sombrio do trânsito paralisado. É um horror.

Em primeiro lugar, o automóvel individual é individual mesmo, não existe mais de uma pessoa no carro. Nos sinais fechados, motoristas falam ao celular ou respondem mensagens do zap.

Em segundo lugar, não tem saída. O diabo está na rua.

Não existe mais cidades humanizadas. É acelerar em direção ao uso privado do espaço público, rumo incerto, talvez, para o caos, mas não para o bem-estar. Fodeu.

E os atalhos? Estão congestionados, entupídos.

Ah! A rua sem saída, é que nós moramos – em frente a nossa casa virou um cemitério de carros abandonados – confere nas imagens.

 Who you gonna call?

Kapetadas

1 – É impressão minha ou o putin tem a cara da monalisa?

2- A posição sexual mais nutritiva  – Mamão Papaia

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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