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ESPAÇO K

André Cananéa: do rádio, do impresso, a melhor crítico musical da Paraíba

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publicado em 08/01/2024 às 09h14
atualizado em 08/01/2024 às 07h31
André Cananéa é o entrevistado do Espaço K desta semana

Kubitschek Pinheiro

Ele ainda tem cara de menino, mas é já um profissional reconhecido no jornalismo paraibano – há muito no mercado de trabalho, André Cananéa só dar passos grandes. Seu primeiro emprego com carteira assinada foi na Rádio Transamérica do Sistema Correio da Paraíba – lá, Cananéa não falava no rádio, mas a sintonia chegava aos ouvintes com as noticias redigidas por ele. Ainda no Correio da PB, publicou os primeiros textos no Caderno de Cultura de quem foi o editor, tempos depois.

André Cananéa é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba e atua há 26 anos na imprensa da Paraíba, tendo passado pelos quatro principais jornais impressos da capital paraibana – Correio da Paraíba, O Norte, Jornal da Paraíba e A União –  isso desde os 90.

Claro que ele tem experiências em rádio e TV – foi  editor do telejornal Jornal da Correio, além de ter conduzido o projeto Segundo Caderno para a TV Câmara de João Pessoa. Premiado, já foi laureado com Troféu Imprensa do Sindicato de Jornalistas da Paraíba (1999), Diploma do Mérito Cultural, conferido pela Fundação Casa de José Américo (2005) e a Medalha Assis Chateaubriand por Mérito Jornalístico, conferida pela Assembleia Legislativa da Paraíba (2006). É pouco? É nada, André está apenas no começo.

Recentemente, pela sua atuação junto à revista literária Correio das Artes, que circula mensalmente com jornal A União, foi homenageado pela seccional paraibana da União Brasileira de Escritores (UBE-PB) e pelo projeto Sol das Letras, onde recebeu o Troféu Solito pela sua contribuição às artes e a cultura através da imprensa. Tá vendo, já tem o nome feito e o trabalho reconhecido.

Atualmente, além de editar o Correio das Artes, gerencia a nova rádio da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), a Parahyba FM.

André conversou com o Espaço K e releva o potencial, a sensibilidade, cultura e vida pra levar. 

Espaço K – André, o jornalismo foi uma decisão predominante em sua vida, cercada de familiares formados em Direito, e que teve um avô desembargador?

André Cananéa – Foi uma decisão minha, decisão solo mesmo… O curioso dessa história é que nunca houve, da parte do meu avô, o desembargador Simeão Cananéa, qualquer tipo influência nessa escolha. Ele não me aconselhava a seguir carreira do Direito… talvez na Medicina. Mas eu guardo a impressão que ele tinha um certo orgulho por eu ter procurado seguir um caminho próprio e ter obtido um certo destaque na carreira que escolhi, por méritos próprios.

Espaço K – Lembro que você passou pelo TJPB e ali nos corredores me falou que ia trabalhar com jornalismo – acho que a primeira casa foi o Correio, né?! Vamos falar sobre isso?

André Cananéa –  Sim, comecei trabalhando no Sistema Correio, mais especificamente na saudosa Rádio Transamérica. Pouca gente sabe, Kubi, mas meu primeiro emprego com carteira assinada foi justamente o de redator de notícias para rádio, embora agora, 27 anos depois, eu seja mais associado ao texto escrito, pela minha jornada nos jornais impressos – inclusive, por estar na Transamérica, acabei publicando meus primeiros textos no Jornal Correio da Paraíba, graças a Walter Galvão e Nonato Bandeira, que editava o Segundo Caderno na época.

Espaço K – Do Jornal Correio da Paraíba, você foi chamado para ser o editor de Cultura do Jornal da Paraíba – já foi outro pulo, né? Quanto tempo ficou no JP?

André Cananéa –  Houve um breve interlúdio entre o Correio e o JP: minha temporada de dois anos no jornal O Norte. Recém-formado, fui repórter, mas fazia algo diferente: um jornalismo voltado ao mundo pop e ao público jovem. Foi por essa época que cheguei a receber um Troféu Imprensa (concedido pelo Sindicato dos Jornalistas) na categoria Destaque. Acredito que união desses fatores tenha me colocado sob o holofote, cuja luz foi vista pela nossa querida Walquíria Maria quando formava uma equipe para a nova proposta do Jornal da Paraíba, que deixava Campina Grande para se tornar um jornal estadual, com sede em João Pessoa. E assim começou minha história de 15 anos com o querido JP.

Espaço K – Para o leitor se situar, com o fechamento do Jornal da Paraíba, você foi trabalhar no Jornal A União como editor geral. Uma função mais espinhosa, né?

André Cananéa – O JP circulou até o dia 10 de abril de 2016, com subsequente desligamento da equipe. Eu só cheguei ao jornal A União em janeiro de 2019, a convite da presidente Naná Garcez. Nesse meio tempo, atuei em assessorias institucionais, incluindo a Câmara de Vereadores daqui da Capital, a convite do então presidente Marcos Vinícius e do colega jornalista Janildo Silva. Lá cheguei a fazer um programa muito bacana (Segundo Caderno) para a TV Câmara, isso entre 2017 e 2018 e pude voltar aos meus tempos de Cultura e entrevistar nomes como Cátia de França, W.J. Solha, Geraldo Vandré, Braulio Tavares, Astier Basílio e tantos outros, entrevistas que estão disponíveis no Youtube e que formam, modéstia à parte, um bom acervo de informação sobre nossos artistas, nossa cultura. Daí cheguei à União, onde fui de repórter à editor geral, passando pelas editorias de política e cultura – e, em paralelo, editando o prestigiado Correio das Artes, que o faço até hoje. Assumi o comando da redação de A União praticamente às vésperas do início da Pandemia de Covid-19. Foi realmente um desafio comandar um serviço essencial, como é o jornalismo, em um mundo parado e, principalmente, aterrorizado, com amigos próximos morrendo a todo instante e a gente tentando proteger a saúde, incluindo a mental. Mas conseguimos, com Naná, William Costa e todo um time guerreiro de A União, pelo qual guardo muita admiração e um orgulho enorme, por termos impresso, nas páginas do centenário A União, a história da maior crise do século 20 e o reconhecido empenho do Governo do Estado no combate à disseminação do vírus.

Espaço K  – O jornal impresso morreu em grande parte do país, mas nosso A União perdura, prestando um bom serviço aos leitores…

André Cananéa – Muitos morreram, é verdade. Outros viraram o que se chama comumente de “portal”. Alguns seguem entregando conteúdo no formato impresso, que é um formato analógico, tátil, que agrada ainda a muita gente. Até quem se diz “completamente digital”. Sei disso porque vi o brilho no olhar de quem viu sua foto no jornal, ou teve seu texto publicado em A União. Aliás, A União segue se reinventando e oferecendo um conteúdo de qualidade ao fiel assinante e a quem o procura nas bancas que ainda se mantém de pé. Nos quatro anos que dei expediente na redação do impresso, testemunhei o empenho da equipe em narrar grandes histórias, em buscar explicar a complicada matemática da economia que move nossas vidas, em acompanhar o cotidiano do nosso estado,  tudo isso com muita responsabilidade, material exclusivo, ideias bem trabalhadas, de forma que, quando abro A União, posso me deleitar com abordagens que não vejo no meio eletrônico, além de ser brindado com seus artigos dominicais, Kubi, além de Gonzaga Rodrigues, Nelson Barros, Ana Adelaide – com quem tenho, orgulhosamente, a satisfação de dividir a página 10 das edições de terça-feira, onde continuo dando minhas impressões sobre música e cinema.

Espaço K  – Você tem uma ligação muito grande a música, além de gostar e saber escrever sobre bandas e artistas – essa é uma vibe que lhe levou para o jornalismo cultural?

André Cananéa – Acho que sim, afinal os primeiros textos que publiquei foram sobre música e discos. Desenvolvi essa paixão pela música no berço. Meu avô, que você citou no começo, era um fã de Júlio Iglesias e um ouvinte contumaz de rádio. Então cresci com muita música, que meus pais sempre gostaram, mas também meus tios. Minha tia Lilian (hoje juíza, como meu avô foi) sempre gostou forró, de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, e também Roberto Carlos. Minha outra tia, Ana, é ouvinte de MPB. Eu tive um tio, Hermano, que faleceu em 1976, que era fã de rock pesado e deixou discos do Led Zeppelin e Uriah Heep, por exemplo. Meu outro tio, Ronaldo, até hoje trocamos muitas dicas de música. Ele me apresentou Pink Floyd, Stevie Wonder, Supertramp e até U2, enfim, uma família muito aberta a ouvir música. Então esse repertório tão diversificado, eu bebi com intensidade durante minha infância e adolescência e formou essa paixão e esse know-how com música, que naturalmente eu trouxe para o jornalismo, me levando a acompanhar, de perto, esse maravilhoso mundo da música, tanto nacional, quanto internacional, a partir de 1996, 1997, quando eu comecei a escrever profissionalmente.

Espaço K – Seus pais também gostam de música – inclusive são fãs eternos dos Beatles – vem deles essa paixão pela música, que já está chegando ao filho Gael?

André Cananéa – Sim. Meus pais compartilham a paixão pelos Beatles. Meu pai, Estevam, é fã de carteirinha dos rapazes de Liverpool. Minha mãe, Fátima, é fã de Elvis também, e ambos sempre ouviram muita MPB, essa fase entre os anos 1960 e 1990, Ney Matogrosso, Chico Buarque, Elis Regina etc. Então minha memória afetiva é muito formada pelas canções dos Beatles e dos seus integrantes em carreiras individuais, Paul McCartney, John Lennon e George Harrison, sobretudo. Obviamente, eu trouxe essa memória afetiva para a vida adulta e, sobretudo, para a família que ajudei a construir. Sou um nostálgico, adoro colocar um CD para tocar em casa, e os almoços de sábado sempre são regados a algum CD da coleção, então é natural que na minha casa a gente sempre esteja ouvindo algo dos Beatles ou de Paul, John, George e até Ringo! E por conta disso, demos o nome Jude para nossa caçula, tal qual a música ‘Hey Jude’. Curiosamente, Gael desenvolveu esse gosto pelos Fab Four de um modo muito particular, a partir do fone de ouvido dele, consumindo as canções através das plataformas digitais. Há momentos que divido com ele, como quando os Beatles lançaram ‘Now and Then’, em 2023, que fomos ouvir juntos, e choramos juntos. Muito emocionante poder ouvir uma música dos Beatles pela primeira vez, eu e ele, ao mesmo tempo.

Espaço K – Você casou com a jornalista Lílian e tiveram dois filhos – não é fácil criar e educar nossos filhos no mundo de hoje, com milhões de informações, redes conectadas e o diabo a quatro. Vamos falar sobre isso?

André Cananéa – Não é fácil mesmo. Principalmente para pais criados de forma analógica, tendo que aprender a criar filhos de forma digital. O processo de digitalização – que ainda estamos passando, por sinal – é muito rápido e abrupto. Um dia a gente foi dormir sem internet, no outro já estávamos fazendo uma conexão discada e acessando sites 1.0 e, dali a dias, já estávamos fazendo compras on-line e hoje nem ao banco vamos mais, resolvemos tudo pelo celular. Não teve treino, fase de teste, nada. Maravilhados com a novidade, fomos fazendo, sem ligar muito para as consequências. E chegaram as redes sociais e, da mesma forma, um dia estávamos conversando com dois ou três vizinhos na calçada e, no outro, já nos comunicavamos com o mundo todo, com uma facilidade inacreditável. Ninguém foi preparado para isso, ninguém avaliou as potencialidades nocivas do uso de aplicativo A ou B. Se dá certo, usa-se e abusa-se, e espreme-se, e mortes como a da Jéssica Canedo (em dezembro de 2023, a partir de uma fake news espalhada nas redes sociais) parecem não sensibilizar mais ninguém, assim como toda uma indústria de disseminação de notícias falsas está posta para conduzir a população para um caminho ou outro. Enfim, uma grande bagunça, é como eu vejo. Particularmente, eu e Lílian procuramos estar sempre juntos deles, orientando-os para que eles mesmos possam criar filtros e tenham discernimento para que não entrem em espirais nocivas nesse nem tão admirável mundo novo.

Espaço K – Você tem bons amigos – da sua geração e outros com mais idade. Amizade é coisa séria, você também se decepciona com laços que já estiveram enraizados? Pode falar sobre isso?

Com o poeta e jornalista Astier Basílio

André Cananéa – Alguém já disse que as amizades são cíclicas. Elas vêm e vão, de modo natural. Curiosamente, Kubi, à medida que envelheço, me dou o direito de me tornar uma pessoa reservada, com amigos muito bem selecionados, poucos amigos que quero muito bem, e que, reciprocamente, me querem muito bem também, a mim e a minha família, que torcem por nós, como nós torcemos por eles. Esse é o laço que a gente passa a valorizar, um laço que tem duas mãos, deixando-o bem firme, difícil de romper. Quando esse equilíbrio é irregular, o laço se parte, cedo ou tarde. No mundo de 2024, hiperconectado e de laços frágeis, amizade verdadeira é luxo, é o que há de mais nobre na sociedade. Então, hoje, as relações que percebo serem tóxicas, dispenso sem cerimônias. Não, obrigado.

Espaço K – Qual a satisfação de ser o editor do Correio das Artes, um suplemento que está chegando aos cem anos de circulação?

André Cananéa –  A maior do mundo! Quando Naná Garcez e William Costa, a quem sucedo no Correio das Artes, me convidaram, respondi a eles que era o maior desafio da minha carreira, tamanha a responsabilidade de manter vivo – e, sobretudo, atrativo – uma revista voltada a arte e cultura e, sobretudo, à literatura, em que já escreveram José Lins do Rêgo e Carlos Drummond de Andrade e que me coloca em uma galeria de editores que já teve, entre outros notáveis, o gigante Sérgio de Castro Pinto, por exemplo. Em abril deste ano, eu completo cinco anos à frente do Correio das Artes, junto com nosso incansável diagramador Paulo Sérgio, e muito me orgulha a repercussão que ainda tem, hoje, o mais antigo suplemento de literatura em atividade do país, repleto de reportagens de fôlego na área de cultura, um trabalho muito bem apurado pela repórter Alexsandra Tavares, um tipo de matéria que, na Paraíba de agora, só existe lá, no Correio das Artes, além de artigos, críticas, poemas, contos, crônicas de excelente qualidade, textos feitos por alguns dos maiores nomes da escrita do nosso estado, e até de outros lugares do Brasil. Vida longa ao Correio das Artes!

Espaço K – Hoje você trabalha na Rádio Tabajara  – que é um veículo de informação com muita audiência, vários programas e temos novidades que você anunciou em sua rede social. Vamos falar sobre isso?

André Cananéa – Vamos sim, mas não é na Tabajara, é na irmã caçula dela, a Parahyba FM, que acabamos de lançar (em 18 de dezembro de 2023) através da frequência 103.9 FM (também disponível na internet através do link epc.pb.gov.br). Foi outro desafio me feito por Naná Garcez, ao lado do diretor Rui Leitão, que me confiaram a missão de criar a personalidade e a programação de uma rádio que vivesse em harmonia com a Tabajara, afinal ambas pertencem à Empresa Paraibana de Comunicação (EPC). Assim, surgiu a proposta de criarmos uma rádio contemporânea, focada neste século, afinal há um vasto conteúdo de música produzidos nesses últimos 23 anos, conectada com o adolescente e jovem adulto que gosta de cultura, de arte e de entretenimento, que maratona séries no Netflix ou Prime Vídeo, por exemplo, que cresceu no mundo do streaming, onde faz praticamente tudo, de ouvir música a ler livros, paquerar, estudar… e completamos essa proposta de “música do século 21” com programas voltados à artes visuais (Pincel e Lápis), literatura (Um Livro, Uma Conversa), teatro (Respeitável Público), cinema (Ouça Um Filme) e música (A História do Disco). Esses são os primeiros programas da grade, que estamos apresentando ao público ao longo deste mês de janeiro, e temos recebido um excelente feedback. Para acompanhar nosso dia a dia, procure @parahybafm103.9 nas redes sociais.

Espaço K – Tem um livro nacional sobre música e você e o jornalista José Teles (radicado em Pernambuco) são os únicos paraibanos que escrevem no livro. Uma prova que seu trabalho é reconhecido, né?

com o o jornalista e critico de musica, José Teles

André Cananéa –  Digamos que eu sempre tive muita facilidade (e sorte) para manter contato com pessoas do meio jornalístico cultural em todo o Brasil. Zé Teles, por exemplo, é um deles. Nós estamos não apenas em 1979 – O Ano Que Ressignificou a MPB, onde há um texto meu sobre o LP Geraldo Vandré, lançado naquele ano, que acho que é o livro a que você se refere, mas também em 1973 – O Ano Que Reinventou a MPB, lançado anteriormente. Ambos são projetos idealizados pelo jornalista carioca Célio Albuquerque, que não conhecia até ele me telefonar convidando para escrever no 1973 (assino o texto sobre o LP A Música Livre de Hermeto Paschoal), e acabamos nos tornando amigos. O bacana dessa história é que já foi uma pessoa (não lembro quem) que indicou meu nome para o livro, então acho que, sim, um reconhecimento de que trabalho direitinho (risos).

Espaço K – O que você não gosta no ser humano?

André Cananéa –  Esse egoísmo latente de muitas pessoas, um egoísmo, ou egocentrismo, que leva ao racismo, à homofobia, a misoginia, ao crime contra as mulheres, contra o próximo, além de tudo de ruim que esse egoísmo provoca, esse olhar para o próprio umbigo que intoxica relações de amizade, de família, o ambiente de trabalho, a vizinhança…

 

Espaço K  – Você tem tempo para fazer atividades físicas? Cuida da saúde? E como anda o hábito de leitura?

André Cananéa – Fico até com vergonha de responder que não, não ando me dedicando à atividade físicas, mas procuro me cuidar sim, com uma bateria de exames anuais e uma alimentação com pouco espaço para “extravagâncias”, como embutidos, processados e industrializados. Como muita fruta, legumes, carne branca… e vinho! Já a parte de leitura, está ótima! Leio alguma coisa todo dia, até porque costumo ter 2 ou 3 livros abertos, como agora, que estou entre a leitura da ficção distópica Verde Gás, de Ricardo Oliveira, as crônicas de Isabor Quintiere (Rituália) e os contos de Déborah Dornelles (Precisamos Matar Nossas Bonecas). Ricardo é um velho e querido amigo, e Isabor e Déborah, tive a satisfação de conhecê-las agora, quando conduzi os papos de literatura do Natal da Usina. Literatura paraibana de primeira.

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