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Ana Karla Lucena  é bacharela em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Servidora Pública no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. Mãe. Mulher. Observadora da vida.

Meu final feliz

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publicado em 22/05/2023 às 07h00
atualizado em 21/05/2023 às 14h00

Há quem diga que existem finais felizes e finais necessários. Os finais felizes seriam aqueles que não acabam. O amor recíproco que perdura; a amizade verdadeira, que, mesmo distante, se faz presente; a conquista do emprego dos sonhos; a vista do quarto de dormir, nos mostrando a paisagem que sempre desejamos; o sossego e o aconchego de ter para onde voltar depois de um dia exaustivo no trabalho; das mãos que te recebem e te fazem esquecer do resto. Um final de contos de fadas. É o “tudo está bem, quando acaba bem”, como escreveu William Shakespeare.

Os necessários seriam aqueles que vemos partir, mesmo sem querer, mas não movemos um palha na direção contrária, porque sabemos que é melhor assim. Eu diria que, se existem lições dolorosas na vida, esta seria uma das principais. É aquele alguém que não queremos que se vá; aquela mudança de cidade que não queremos fazer; o ambiente e os amigos de trabalho, de quem não queremos nos afastar. A ruptura que não queremos, mas precisamos.

Óbvio que todos nós preferimos os finais felizes. Passamos a vida inteira perseguindo-os. Esperamos que as coisas melhorem cada vez mais ao longo do tempo. O problema é que nossa vida está repleta de experiências que, aparentemente, não são felizes, mas que podem nos levar a finais realmente satisfatórios e necessários à nossa saúde física, mental e sentimental.

Nossa mente dificilmente enxergará um final feliz a partir de uma experiência desagradável. Nosso cérebro nos manipula, a ponto de acharmos que tudo o que nos faz sentir mal imediatamente é um resultado ruim para nós. Um final infeliz. Precisamos, deliberadamente, fazer nossa lista mental de prós e contras. Nem sempre a nossa intuição é nossa melhor conselheira. Nos apoiar em decisões mais sábias pode fazer o final necessário ser o mais feliz de todos, a longo prazo.

Está aqui uma típica taurina falando! Rsrsrsrsrs

Sonhadora, mas pragmática! Sobe no tapete voador, mas usa o cinto de segurança. Só acho que todos os finais podem ser felizes. Mesmo os mais momentaneamente desagradáveis. Crendo que tudo concorre para o meu bem. Vamos tentar?

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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