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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Wandinha e compersividade

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publicado em 13/12/2022 às 08h39

Eu me peguei assistindo ao seriado Wandinha. Me vieram tantos pensamentos sobre o que se passa na atualidade. Será que a nova ideia é ter prazer no prazer do outro? Será que todo esse tempo de século torto nos ensinaram a ter somente o prazer próprio? Você já ouviu falar em compersividade? Ser um indivíduo compersivo é ser ausente de ciúmes e o primeiro passo é o reconhecimento do sistema monogâmico como  opressor, o segundo passo é a reparação dos danos que esse sistema colonialista nos provocou. Pronto, não vou entrar no tema capitalismo, branquitude, etc, não. Vou fakar de liberdade! Vou falar mais de Wandinha, quartinha, que mesmo que a rotulem de autista, de boderline, ela é apenas uma egoísta. Quartinha não divide nada com ninguém, nem mesmo as cores, por si sós, inexistentes. O prazer de Wandinha é ter prazer para ela mesma, ou seja egocêntrica.

Wandinha não se deu conta que com o advento da internet e redes sociais que ela tanto critica na série de sucesso, impera o líquido amor, e só se cura o amor em sua liquidez, pela fluidez. 

Ser fluido é pensar na territorialidade mental em primeiro lugar, pois o território corporal pode ser compartilhado com outros seres, e isso é ser “compersivo”, pois não somos ilhas. “Nenhum homem é uma ilha”. Foi com essa frase famosa que o filósofo inglês Thomas Morus, nos ajudou a ter a nítida compreensão que a vida humana é feita de coletividade. Só se vive, convivendo. É justamente na convivência, no compartilhar da vida social e comunitária, que o ser humano se enobrece, pois se desvenda, se despe de pudores e se realiza enquanto um ser moral e ético, sob cuidados de uma versão que se dizia proibida ou velada, não é mesmo? É Wandinha, somos fãs de muitas das suas características, mas você precisa rever seus conceitos! 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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