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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Já estamos no futuro

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publicado em 04/12/2022 às 08h42

Sim a onda é perder um pouco a essência ou se perder em sua essência. Tem uma “trend” nas redes sociais que vem se firmando como o pontapé do metaverso. O metaverso vem se lançando devagar, digo até que divagar seria o verbo mais apropriado, pois divagou-se na sua própria imensidão. Não houve uma inauguração bombástica do que podemos chamar de futuro como no caso das polêmicas criptomoedas.

Na charla popular há uma modinha de confeccionar o próprio avatar nas redes sociais, o que é um passo importante para as mudanças que virão nos próximos dez anos. Começa assim na brincadeira de um rosto paralelo, porém, daqui a pouco vão pedir sílabas, palavras, frases, pensamentos, opiniões e você vai permitir os temidos chips pelo seu corpo. Em mais tempo teremos autorizado permissão de vídeos aleatórios para toda essa mescla se tornar o seu “eu digital”, ou seja, um robô versátil que se automanipula, sim, pois o meu mesmo já resolveu minha cirurgia plástica de nariz e parte das minhas rugas foram extintas. Quem não sonha em ser um ser desprovido da possibilidade de bullying? A pandemia registrou a telemedicina, os cardápios em QR Code, tudo se resolve no celular, até pagamento de cartão e sua identidade digital.

O papel foi o primeiro a sumir enquanto surgiram óculos que te transporta para o mundo “meta”.  Pois bem, com a inteligência artificial você pode ser mais alto, mais bonito, mais forte ou até dispensar sua bariátrica. Meu amigo Pedroca, excelente ator, estava comemorando que a papada mais incômoda do seu rosto havia sumido, que coisa boa. Ninguém faltará a uma formatura ou a uma posse, já imaginou?

Sua palestra será mundial com transmissão e tradução simultânea em toda língua existente no ambiente digital, seu terno/vestido terá caimento impecável e tantas outras opções e vivências inimagináveis. E a chatice da apresentação de um tcc, uma prova da Ordem de alguma coisa ou prova oral, ecas, nada disso será como antes. Tudo somado à ideia da imortalidade, pois seu avatar terá durabilidade infinitamente maior que as flores de plástico. Ou seja, no mundo físico dirão adeus a você com terras e lápides, no metaverso, em sendo autorizado, continuarão monitorando sua consciência digital, seus feitos, rotina, seus valores, sua percepção de mundo, seus rituais, seus escritos, sua memória, enfim, sua eternidade!

Nada se apagará…Você acha isso perigoso ou vantajoso? Lembre-se que riram de Bill Gates explicando o que seria a  “internet” e a possibilidade de ter suas novelas, suas fotos, suas conversas, seu futebol nas telas das casas em pouco tempo. É o mesmo passo do futuro, o mesmo processo lógico que ajuda e destrói, assim como acontece quando uma estrada chega em sua cidade. Prepare-se. São novos tempos. Ah, quase esqueci, primeiro você nega o clichê do modismo, em 40 minutos, você já o posta satisfeitíssimo e fica se coçando pra não fazer outros e dá até nome para o mais chegado, risos, no meu caso por exemplo, o nome do meu avatar principal é Nósnibor! O que acha? 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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