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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Caminha traz o coração de Pedro

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publicado em 23/08/2022 às 07h00
atualizado em 22/08/2022 às 19h11

A experiência não é mais o que conta. Era sol’que faltava. Bim, bom! Beijo no coração de Dom Pedro I.

A moçada que agitava cedo larga fogo sobre a estrada. A maior fake news da pandemia: sairíamos dessa como pessoas melhores.

O ano era 2018. Em “Facada em Bolsonaro”, o escritor Walter Galvão, escreveu: “Houve um tempo em que o marketing político cabia, na efetiva operacional da campanha eleitoral, distribuir Berettas, mentiras e ódio”.

2022. Não mudou nada, se mudou, foi para pior.

Ainda hoje tem gente que não acredita que o homem foi a lua.

Falando na lua, outro dia, conversava com um alienígena, sobre o fato de um conhecido terráqueo, que foi visto atirando pedra na lua. Eu disse: não, meu caro, quem atira pedra na lua somos nós.

Já não calamos nada na boca, notícia ruim, coisa nenhuma. Somos seres atravessados de um mesmo relâmpago, o mesmo ai, o bateu levou, na luz ou no escuro.

Fui ao lançamento do livroMemórias de um Motorista de Turnês, (do produtor musical Paulo André Pires, fundador do Abril Pro Rock) na Praça Barão do Rio Branco. Nunca vi tanta gente numa festa popular, homens barrigudos sem camisa e mulheres sambando nas calçadas.

A experiência não é mais o que conta, mas desponta, quando o sexo pede o compartilhamento em seu magnífico odor.

Estandarte e tambor.

Em pesadelos, alguns já degolados, outros morrem com o próprio veneno, infames do mesmo bando. Tem de tudo.

Nomes, coisas, cloacas, choldras, matracas, insaciáveis, aflitos, alagados nessa travessia sem fim.

Se Caminha viesse ao Brasil hoje, escreveria uma carta de demissão. Como não veio, mandou o coração de Dom Pedro.

Aliás, do jeito que anda a saúde, capaz do coração de Pedro I parar no peito de quem precisava de transplante.

Tudo é trompe-l´oeil

Kapetadas

1 – Eu sei, louça, sei que tenho que te lavar. Eu te amo caçarolas. Tá complicado… Eu lavo, você suja. Eu lavo, você suga.

2 – Povo falando do fim de Simone e Simaria e não fala absolutamente nada sobre o fim do mundo.

3 – Som na caixa: “Ela comeu meu coração/Trincou, mordeu, mastigou, engoliu, comeu, comeu”, CV.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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