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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Elvis não morreu

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publicado em 17/07/2022 às 12h32

A caravana de horrores não cessa. Um looping de atrocidades me deixa sem ânimo. As notícias do dilaceramento de famílias vêm nos abatendo de forma fulminante e me deixa sem ânimo. A notícia do policial penal em Natal me deixa sem ânimo.

A notícia do bang-bang de Foz do Iguaçu me deixa sem ânimo. A notícia do PM do Paraná que exterminou oito pessoas, sendo seis da sua família e tirou a própria vida me deixa sem ânimo. A notícia do empresário de Pernambuco que invadiu o prédio da “ex” executando familiares me deixa sem ânimo. Sigamos Gandhi que afirmou que a força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem.

Sigamos Cícero, o romano ilustre ao declarar que resultados das armas são sempre incertos e temíveis. Chega de armas! Não postem aulas de tiro, não excitem os “gatilhos” da fúria, não sigam redes sociais de coisa ruim, se ausentem das discussões tórridas, fujam das contradições políticas, religiosas e futebolísticas, não viralizem odiosidades, evitem reuniões até as próximas eleições, pois já estamos produzindo órfãos por demais! 

É tanta violência gratuita, tanta Guerra sem nexo, que quando escutamos sobre racismo de um tricampeão de Fórmula 1, assédio de alto escalão e a notícia de mais um estuprador recorrente, dessa vez, anestesiologista, não imaginamos aonde iremos parar… qual o próximo episódio desse filme de terror da vida real sem fim? Confesso que toda essa barbaridade me deixou sem ânimo total quando fui assistir ao filme do Elvis Presley, parece que retrocedemos, pois ainda há a luta do gestor federal contra artista que rebola, ainda se fala no absurdo que minorias tem que se adequar à maioria. Há assassinatos por parte das “supremacias”, há um conluio para invisibilizar tanta violência, assim como nos tempos em que Elvis viveu. Será que também por isso que reeditam que Elvis não morreu? 

Já faz tempo que não desejo “Feliz Ano Novo!”. Desejo “Sorte, muita sorte”, pois acho, me desculpem a franqueza(própria minha) e falta de esperança que nem combina comigo, que os anos vindouros serão cada vez mais perigosos! Seja homem, mas não tóxico, seja homem, mas não machista! Seja um homem simples que respeita as diferenças, seja uma pessoa que ama o próximo! Oro por paz e zero extremismo!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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