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Éramos quatro… no Xingu!

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publicado em 26/04/2012 às 16h27

O título acima corresponde a uma sugestão dada pelo jornalista Napoleão de Castro após nos ouvir falar sobre como foi nossa presença no domingo 22 de abril no Cinespaço (sala 2) do Mag Shopping.

Disséramos-lhe que assistíramos ao filme Xingu e ficáramos entusiasmados, tal a qualidade dessa película. Em primeiro lugar porque foca uma história real, a dos irmãos Villas Boas (Orlando, Cláudio e Leonardo) em sua obstinação, especialmente de Orlando e Cláudio, para a instalação do Parque Nacional do Xingu para nele acolher os povos indígenas que viviam nas cabeceiras do rio Xingu (Estado do Mato Grosso). Em segundo lugar pela boa qualidade desse filme em termos de produção, seja por suas tão precisas fotografias focando cenários naturalmente belos, seja pelas músicas que envolvem cada paisagem, seja também pela própria interpretação dos atores.

Mas, o “Éramos quatro” do título destes escritos surgiu porque disséramos a Napoleão de Castro que naquele domingo, na sala 2 do Cinespaço, realmente só éramos quatro pessoas a assistirmos ao filme Xingu, correspondendo, essa frequência, a apenas 4% da quantidade de assentos daquele cinema! E um fato como este causa certa frustração, deixando-nos a questionar: como, por que, o que está acontecendo para um filme como esse, culturalmente rico, contar com uma frequência tão pequena?!…

Ficamos efetivamente admirados (negativamente) com essa falta de público (pelo menos em relação ao filme Xingu), de tal ordem que também a respeito desse fato conversamos com o jornalista Rubens Nóbrega e, depois desta conversa, voltamos ao Cinespaço para falar diretamente com o gerente, Sr. Arquimedes, isto já à noite da segunda-feira, dia 23. Pessoalmente dissemos daquela nossa frustração, enquanto ele, o gerente, dizia que aquela baixa frequência do domingo decorreria dos tantos jogos de futebol naquele mesmo dia, quer os da própria cidade, quer os transmitidos pela televisão, a exemplo do jogo Vasco x Flamengo, pelo campeonato carioca.

Ao gerente do Cinespaço propusemos, em nome da AETC-JP (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa) e como forma de uma ação de responsabilidade sócio-cultural, uma parceria em relação à exibição do filme Xingu, exibição esta que ocorreria na quinta-feira, dia 26 de abril. Essa proposta consistia em a AETC-JP responsabilizar-se com os custos de uma significativa parte dos assentos do cinema (quantidade bem maior do que a daqueles 4 assistentes do domingo) e o Cinespaço conceder os demais lugares para que todas as sessões da quinta-feira 26 fossem gratuitas aos pessoenses, propiciando que esse filme Xingu, tão importante para a História do Brasil e como irradiação cultural, chegasse a muito mais gente do que o quantitativo do domingo 22. E em vez de quatro sessões realizassem-se só três (evitando-se a das 21h20), ficando, portanto, duas sessões à tarde (14h15 e 16h15) e uma à noite (19h40). Para as sessões da tarde a AETC-JP articularia, para a elas comparecerem, grupos da “melhor idade “ e alunos de escolas públicas que se encontrem com aulas de História do Brasil. Para a sessão da noite integrantes da imprensa e de entidades culturais.

Até às 14h da quarta-feira 26 de abril, quando elaborávamos estes escritos, não havíamos recebido qualquer resposta do Cinespaço, que solicitara expormos aquela proposta através de e-mail, o que fizemos. E nessa mensagem também dissemos que se a resposta positiva não fosse possível em tempo adequado para o chamamento do público, que se considerasse como nova data, para a exibição do filme, a quinta-feira 3 de maio. Aguardemos, pois, que o Cinespaço dê sua resposta!

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