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Vivas e sugestão às mulheres parlamentares

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publicado em 12/03/2021 às 06h22

No artigo anterior, no qual – citando as senadoras paraibanas Daniella Ribeiro e Nilda Gondim – exaltei as mulheres brasileiras pela passagem do 8 de março, data que mundialmente lhes é consagrada sobretudo para enaltecimento de seu dom de amor quase divino, também externei meu pensar de que a luta pela conquista de seus direitos sócio-políticos (traduzidos na expressão “igualdade de gênero”) só se fará menos penosamente se elas (as mulheres) ocuparem, proporcionalmente, as cadeiras do Poder Legislativo. E fiz a lembrança de que, para tanto, a partir do Senado, precisa haver mudança em seu respectivo quadro de 81 cadeiras, das quais só 12 (15%) estão ocupadas por mulheres.

Em relação à Câmara dos Deputados a situação é similar: – das 513 cadeiras existentes, só 77 (também 15%) estão preenchidas por mulheres. Este quadro é parecido com o que ocorre no âmbito da Assembleia Legislativa da Paraíba em que, de 36 cadeiras, somente 6 (17%) estão ocupadas por mulheres. Quanto à Câmara Municipal de João Pessoa, de 27 cadeiras, uma – só uma (3%), repito – está ocupada por mulher, no caso, a vereadora Elízia Virgínia.

No artigo anterior igualmente manifestei que esta luta pela igualdade de gênero não pode ter nem tem lado ideológico. As origens dessa luta tanto tem lugar nos Estados Unidos da América como na Rússia, conforme a história registra, não cabendo que se a carimbe como de esquerda ou de direita. É uma luta de todos. E há muitos Homens (assim, com H maiúsculo) que abraçam esta causa com o mesmo empenho das mulheres!

Por isto, nestes escritos em que é reiterada a homenagem às mulheres – e aqui me permitam também citar minha mãe, Josefa, que está no céu; minha irmã, Penha, igualmente já no céu; minha esposa, Ana, com quem namoro desde os anos 60, eu e ela então estudantes na antiga Escola Técnica Federal da Paraíba; minha sogra, Josefina (também já no céu); minhas noras Soraya e Juliana; as netas Luísa, Ana Clara, Sophia e Ana Cecília, todas elas, independentemente da idade, mulheres para mim muito especiais – faço a sugestão especificamente às mulheres parlamentares no sentido de que, com a sensibilidade que Deus lhes conferiu, busquem o apoio e a adesão mesma dos tantos Homens (assim, com H maiúsculo) que ocupam cadeiras no Poder Legislativo e comecem a mobilizar a todos, desde as Câmaras Municipais, passando pela Assembleia Legislativa e alcançando o Congresso Nacional, com vistas à aprovação de mudanças na legislação eleitoral e consequente garantia de que as cadeiras do Poder Legislativo sejam ocupadas proporcionalmente.

Daí por diante, por óbvio, a legislação a ser produzida considerará, também, a prevalência da igualdade de gênero.

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