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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

De que são feitos os sonhos?

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publicado em 29/01/2021 às 06h41

De necessidades. Sim, das precisões da vida, do pulsar da carne ou das imaginações da mente. É esse amálgama de carências e desejos que tonifica as raízes dos sonhos. Do mais simples e imediatista ao mais burilado, complexo e auspicioso.

Os sonhos têm raiz, por isso não são como os delírios feitos do descanso dos neurônios, quando, sem peias, põem-se em atrito ou em divagações sem propósitos no labirinto das nossas mentes.

Sonhos têm tutano, por isso não são devaneios, feitos de nada, nem o caos da alma em dias perturbados ou preguiçosos.

Sonhos verdadeiros são intensos e palpitam dentro da gente como se fossem uma voz de comando em direção a algo, exigindo ação, pondo a vontade a serviço do que se quer real.

Sonho é vocação, digo melhor: as vocações são sonhos que avançaram o sinal e, maduros, perpassaram o tempo, brotando seus frutos doces, posto que todo sonho é potência que se quer ato.

Os sonhos são como o amor. Todas as formas de amar e de sonhar guardam em si a essência de alguma coisa divina, daí comportar as fatias de risco e de sacrifício no desembrulhar da vida do sonhador.

Há sonhos e sonhos. Sonhos para si mesmo, sonhos dos outros, sonhos coletivos, todos com a importância para o escoar da vida.

Os melhores sonhos, aqueles que ultrapassam as raias do egoísmo ou da simples individualidade e se conectam aos sonhos de muitos, são os que de melhor podem acontecer à humanidade, por isso esses são os mais perseguidos no mundo.

Cuidemos dos nossos sonhos. Eles são a rota do caminhar, o motor da vida. Sem eles, não seríamos gente. Há de se proteger muito bem os sonhos, principalmente dos carniceiros da vida, malfeitores da pior espécie.

Sim. O pior dos malfeitores são os assassinos de sonhos, seus detratores, cúmplices da miséria própria ou alheia. A esses, como os vendedores de ilusão, políticos torpes, o meu escárnio. Siga-nos no Instagram: @professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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