João Pessoa, 29 de novembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
"Muitas vezes jovens me dizem ‘eu quero militar no PSDB’. Eu eu me pergunto: o que eu faço com ele? Vai ser do gabinete de alguém? Isso não é militância. Militar é com a sociedade, na rua, no núcleo de trabalho. É ali que tem de estar o PSDB se quiser ter organicidade". Assim o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso definiu sua angústia em relação ao futuro de seu partido.
FHC participou nesta quinta-feira de um encontro com tucanos eleitos em São Paulo. Em sua palestra, defendeu que o PSDB se abra aos jovens e às mulheres, fale de maneira mais clara à população e volte a ouvir a "voz das ruas".
"Precisamos ter seminários, mas para ouvir, chamar as pessoas para que elas nos digam o que elas sentem, o que elas querem, o que precisam e como veem o mundo, para que possamos ajustar o nosso discurso", defendeu. "Não se pode mais deixar o partido para o momento da eleição".
O ex-presidente fez críticas ao uso da legenda para atender às vontades de alguns em detrimento do que é melhor para o partido. "Não podemos mais basear nossas escolhas na vontade de cada um", disse FHC. Da mesma forma, mostrou-se descontente com a costura de alianças "tortas", sem lastro ideológico.
"Ganhar ou perder faz parte da eleição. O que não pode é fazer alianças tortas, porque aí se perder a eleição, você perde tudo. Precisamos voltar a deixar a nossa marca".
Uol
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