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Marcos Pires é advogado, contador de causos e criador do Bloco Baratona. E-mail: [email protected]

A boate Passargada (primeira parte)

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publicado em 26/09/2020 às 07h00
atualizado em 25/09/2020 às 17h24

Rose di Primo (foto) era a mais deslumbrante mulher brasileira em 1977. Várias vezes capa das revistas bacanas da época, foi a inventora da tanga, que incendiou nossa imaginação e as praias brasileiras. Pois bem, eu trouxe para a inauguração da minha boate não somente a glamorosa modelo, bem assim as quatro outras mais famosas profissionais da época. De quebra ainda veio o internacionalmente famoso fotografo Indalécio Wanderley, para produzir com elas uma série de fotografias que fizeram sucesso posteriormente numa matéria publicada na revista “de homem” mais cobiçada da época.

A ideia de construir uma boate aqui em João Pessoa sempre me perseguira. Morando fora desde os 17 anos (tanto no exterior mas principalmente no Rio de Janeiro) frequentava o que de melhor havia na época. O impulso final veio por dois caminhos diferentes. Eu havia sido testemunha do “acidente” que vitimou Zuzu Angel e morria de medo do que poderia me acontecer. Portanto, voltar para casa depois de tantos anos era uma espécie de proteção. Naquela época eu frequentava a New York City Discotheque, em Ipanema, e fui dos poucos felizardos que conheceram a Frenetic Dancing Days, que Nelson Mota instalou por alguns meses no Shopping da Gávea. Vi as Frenéticas nascerem (Abra suas asas, entre nessa festa…). Portanto, construir aqui a boate dos meus sonhos era uma espécie de desígnio da natureza.

Ah, leitores amigos; imaginem um garotão com vinte e poucos anos, solteiro, sem dimensão de custos porque os pais milionários bancavam tudo, pronto para aventurar-se na melhor fase de sua vida. De inicio procurei meu amigo Luciano Agra, que posteriormente viria a ser Prefeito da capital. Disse-lhe a pretensão e ele juntou-se com outro arquiteto, acho que um Jorge, e passamos muito tempo inventando o impossível porque naquela época nem o simples gelo cristal existia; quebrávamos barras de gelo para pôr nas bebidas. Basicamente eu queria uma boate onde a temperatura fosse muito fria, com um teto de vidro para todos verem a lua e as estrelas, um dancing montado em cima de um lago e arrodeado por uma cachoeira, sendo que na parte de baixo eu fazia questão de instalar aquelas aguas dançantes que o circo Thiany exibia. Tinha muito mais coisa, porém deixemos para o próximo capitulo onde direi da inauguração da boate e da razzia que as tais supermodelos provocaram aqui. Terá de tudo, inclusive boas fofocas.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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