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Mulher achou que queda de muro era o início do fim do mundo

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publicado em 21/12/2012 ás 11h45

O desabamento de um muro, que matou sete pessoas na noite desta quinta-feira (20), no centro de Sorocaba (SP), assustou moradores e comerciantes da rua Comendador Oeterer, onde ocorreu o acidente. Devido à proximidade com o dia 21 de dezembro – data que determina o fim do calendário maia -, algumas testemunhas pensaram estar vivendo o apocalipse.

"Estremeceu a casa inteira, achei que fosse um terremoto. Na hora, gritei: ‘é o fim do mundo!’. Teve muita gritaria na rua", conta a dona de casa Edígenes Alves Gonçalves, que mora no local. Ela afirma que a tragédia quase afetou sua família. "Minha filha tinha acabado de colocar o carro na garagem. Por pouco, não foi atingida", diz.

A cabeleireira Vera Lúcia Nunes, que tem um salão de beleza na rua, também presenciou o desastre e ajudou a acalmar outras testemunhas. "Foi um estrondo muito grande. Eu recebi 10 pessoas no meu salão, dei água com açúcar para todos. Eles estavam em choque, as crianças pensavam que era o fim do mundo", relata. Segundo ela, a tragédia já era esperada. "Isso foi um acidente anunciado. Sempre que chove, o muro fica encharcado", diz.

O desastre ainda pode prejudicar o comércio no Centro. Se a rua continuar interditada e a população não puder ter acesso ao local, os comerciantes deixarão de faturar com o Natal. "Estou preocupada com meu salão. Ninguém me deu satisfação se posso ou não continuar atendendo. Se eu não puder atender, o prejuízo vai ser enorme, pois nessa época do ano é quando mais faturo", afirma Vera Lúcia.

Luto oficial e interdição da obra – O prefeito de Sorocaba (SP), Vitor Lippi, decretou luto oficial de três dias na cidade após o acidente.

A parede que caiu pertence a uma antiga fábrica de tecidos que estava tombada pelo patrimônio histórico. O prédio, ao lado do maior terminal de ônibus da cidade, estava em processo de restauração para abrigar um shopping center.

A Prefeitura determinou a interdição imediata das obras até que seja feita uma análise minuciosa da estrutura. A perícia e técnicos da Defesa Civil trabalham no local desde a manhã desta sexta-feira (21) para verificar a possibilidade de novos desabamentos.

Entenda o caso
A queda de uma parte do muro da antiga fábrica de tecidos Cianê deixou sete mortos e um ferido na noite desta quinta-feira (20). O prédio, que foi construído em 1913 e é tombado pelo patrimônio histórico da cidade, está sendo restaurado para acomodar um shopping. O maior terminal de ônibus da cidade fica ao lado do prédio.

O Corpo de Bombeiros trabalha com a hipótese de que tenha ocorrido infiltração, pois chovia forte na cidade no momento da queda do muro. A causa só será confirmada após laudo técnico da perícia.

G1

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