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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Titia Liszt não morreu

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publicado em 08/08/2020 às 07h08
atualizado em 07/08/2020 às 16h27

Finalmente chegou o dia. Era o dia da festa de Santo Reis. Tim Maia cantava e dançávamos na Varanda Tropical, exatamente como nossos pais. A vida passa tão depressa… Dizem que a cultura do inútil devolve em triplo tudo o que nela é investido. Poxa! Eu não entendi nada. Ou, quase nada.

Há cerca de 100 anos recebemos a visita inesperada do intelectual FelizAzzazô. Chegando e falando pelos cotovelos. Bem alto. E os cotovelos falam? Falam e ainda fazem cenas. Jamais, obscenas. Qual filme? “Bananas” de Woody Allen de 1971. Bananas?

Pois bem, FAzzarô é um gênio Tupy Guarani, minimalista, que se recusou a ficar famoso e ficou fazer coisas miúdas brilhantes, que reluzem no sol da meia noite. O que eu não posso é deixar de rezar para Titia Liszt (foto), que nunca morreu.

Meu tempo ocupado com a profissão repórter, que sinto útil ou social berimbau, vai longe. Aliás, ao contrário do divino conteúdo, do que disse Leila Diniz, homem não tem ser durão, mas duro sempre. Esquece.

Sinto que estou a perder tempo e a gastar o verbo da verba que não tenho. O que é devido e no tempo que é devido, será pago. Mas voltemos ao Dr. FelizAzzorô, que vai lançar um livro com suas obras de artes escritas por toda parte. Bem que ele deveria se candidatar a prefeito de João Pessoa. Lembrei agora de uma ex blogueira PB que faz live dormindo. Como sempre, uma blogueira ostentando. Porque sono pra quem tem menino, é sim artigo de luxo. Uau!

Falando em pré-candidatos a prefeito, minha amiga Lenita MadruGada, que traz frutas maravilhosas dos Trópicos de Capricórnio de Henry Miller, (1891/1980). disse pelo Zap, que teve que ir ao médico de tantas risadas que deu com meu texto “Os girassóis murcharam”. Eu recomendei o Dr. Damião, de coração para coração. Bim, bom.
Para repensar tudo ou nada, pegar ou largar, dá no pé e mandar a tristeza a embora, há muitas indagações dispendiosas, em relação ao fim da pandemia, que segundo o astrólogo Omar Cardoso, só vai acabar em 2022. Help, FelizAzzarô!

Não sei fazer fortunas, mas gosto de pessoas. Adoro nomes: Alé Pentendo, Claudikante Piva, Marcelo JardeLindo Mastroinee, Stefanny Softicom, Luiz Airão, Escolástica, Pedro do Caminhão, Maria dos Remédios Clorokina da Silva, Pedrina Pilates, DJ Veloso, o mano do Caetano, Alain Moscou Vitche e Filomena Camões, que às vezes confundo com Salomé. “Tá craude brô, você e tu, lhe amo”.

Onde andará o protagonista do meu texto FelizAzzaro, que chegava em nossa casa empestado de Kouros da Yves Saint Laurentino. Olha, uma pessoa que bota muito perfume, ela fica com cheiro de… esquece. Pois ele veio na hora errada. Eu durmo com as galinhas. Falante, percebi que F estava na crise de alimentar o ego (daqui a pouco vão dizer que isso é uma doença), com ou sem pandemia. Já pessoas que se querem contaminar umas às outras culturalmente, isso eu quero.

De repente, FAzzarô olhou para uma foto do compositor Liszt na parede da varanda de nossa casa e indagou: “É sua tia, Sr. K?” Eu olhei bem na sua “catarata” carenciada e vi que alguma coisa estava fora da ordem e, para amealhar, a cena, respondi: É sim, Felizzaro, é minha tia avó.

Sem conseguir cancelar, aumentar, diminuir ou enlouquecer de vez, contei a ele, que minha Tia Liszt estava muito doente, naquele “agostoso” de 1997. Ela está precisando de sangue Tipo B+. Ele, na bucha: “É o meu”. É o teu, o quê?
Ele quem? Com seu poder a toda prova, Franz Liszt (1811/1886) foi um músico húngaro. Considerado o maior pianista de sua época, aliou uma sólida cultura musical e um gosto requintado e tornou-se um grande compositor de orquestra.

Agora reflitam e pensem no poder de gerar coisas assim. E se multiplica por 3. Por isso, querendo e acreditando, hoje não é de Santo Reis.

Kapetadas

1 – Nunca vi tanto babado em um único personagem.
2 – Gás neon naquele lugar pra tratar Covid? O prefeito de Itajaí não sabe, mas indiretamente ele está promovendo o isolamento geral.
3 – Som na caixa: “Anda meio esquecido, mas é o dia da festa de Santo Reis”.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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