João Pessoa, 09 de janeiro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Do grupo de 26.486 detentos beneficiados com a saída temporária de final de ano nos Estados de São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Espírito Santo, 1.571 não retornaram aos presídios, informou o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Segundo Davi Tangerino, conselheiro do órgão, o número é considerado baixo e reflete uma medida bem-sucedida.
Em São Paulo, 22.848 presos ganharam sete dias para comemorar o Natal e o Ano-Novo com a família. Até agora, 1.478 deles não retornaram ao presídio na data marcada. No Distrito Federal, foram 1.034 beneficiados e 11 deles fugiram. No Rio de Janeiro, 1.036 foram liberados e 18 permanecem foragidos. No Esprito Santo, 64 presos não voltaram de um total de 1.568.
De acordo com Tangerino, o motivo do não-retorno às unidades prisionais, "em alguns casos, pode ser porque o preso perdeu o ônibus". Segundo ele, qualquer problema alegado pelo detento será posteriormente analisado pelo juiz.
O conselheiro afirmou que no País inteiro, do total de presos beneficiados, "apenas 5% não retornam", e condenou abordagens que considera negativas sobre a medida da saída temporária. "Quando se tem uma política de saúde ou de educação com 95% de sucesso, ela é considerada bem-sucedida. Em uma política penitenciária com 95% de sucesso, é colocado um holofote sobre os 5% (de fracasso)", criticou.
A saída temporária é um beneficio concedido a internos que cumprem pena em regime semiaberto e têm bom comportamento. Os presos foragidos, se recapturados, podem cumprir pena em regime fechado.
Agência Brasil
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