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"fora da mesa"

Coreia do Norte evita falar sobre desnuclearização

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publicado em 08/12/2019 às 10h09
atualizado em 08/12/2019 às 07h10
Kim Jong-Un, da Coreia do Norte

O embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas disse, neste sábado (7), que a possibilidade de desnuclearização está “fora da mesa” de negociações com os Estados Unidos (EUA). Kim Song considerou que o diálogo que Washington procurou com Pyongyang foi “um truque”, com o objetivo de se adequar à agenda de política doméstica.

“Agora não necessitamos de longas conversas com os EUA, a desnuclearização já saiu da mesa de negociações”, disse o responsável em comunicado à agência Reuters.

Kim Song, embaixador da Coreia do Norte nas Nações Unidas, afirmou que o “diálogo sustentado e substancial” procurado pelos Estados Unidos foi “um truque” para efeitos de política doméstica, mais concretamente para a reeleição em 2020.

As declarações foram feitas um dia depois de Pyongyang ter voltado aos ataques verbais contra o presidente norte-american. Um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros se referiu a Trump como “um velhote na sua decadência”.

Não houve até agora reação por parte do Departamento de Estado às declarações do embaixador norte-coreano.

A desnuclearização tem sido a principal exigência apresentada por Washington desde que se iniciaram as negociações de alto nível entre os EUA e a Coreia do Norte, principalmente nas cúpulas de Cingapura e Hanói, em junho de 2018 e em fevereiro deste ano, respectivamente.

Além dessas duas cúpulas e das várias reuniões entre as missões de negociação, Trump e Kim estiveram reunidos em junho último na Zona Desmilitarizada, na fronteira entre as Coreias (DMZ). O presidente norte-americano fez uma visita-surpresa a Panmunjom, depois de ter participado do encontro do G20, em Osaka, no Japão.

A Coreia do Norte tem sido veemente ao exigir dos Estados Unidos que mudem a sua posição quanto à desnuclearização, bem como na exigência da suspensão de sanções. Kim Jong-un já avisou que, se Washington não mudar de ideia, Pyongyang irá seguir “um novo caminho” no próximo ano.

Anteriormente a essas tentativas de negociação, até o final de 2017, a Coreia do Norte realizou vários testes de mísseis balísticos de longo alcance.

Na última terça-feira, o Ministério norte-coreano dos Negócios Estrangeiros exigiu de Washington a mudança nas “políticas hostis” e destacou que caberia a Washington decidir que “prenda de Natal” iria receber no final deste ano.

Agência Brasil

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