João Pessoa, 11 de abril de 2013 | --ºC / --ºC
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Apesar da epidemia de drogas que tem tomado conta das grandes capitais brasileiras, muitas pessoas tem encontrado forças para buscar uma mão amiga que as tirem “do fundo do poço”, mas as portas de escape tem sido difícil de encontrar.
Um dessas pessoas, é Maria Aparecida Ramalho, 37 anos, que encontrei nesta quinta-feira (11) pelos corredores da 98 FM, em João Pessoa, que procurou a emissora de rádio para fazer um “apelo” a qualquer cristão que possa lhe ajudar a encontrar uma clínica de reabilitação para lhe afastar do vício do crack. “Não quero essa vida mais não”, desabafou a mulher em lágrimas.
Maria está magra, sinais deixados pelos últimos dois anos que vem absolvida pelo vício incentivado através de uma ‘amiga’.
“Isto é uma maldição. Não tenho onde ficar. Já fui abandonada por minha família. Queria que um filho de Deus me desse uma oportunidade. Isso é o fim”, contou
Maria revelando que já passou pela sua cabeça praticar o suicídio, mas sua vontade maior é voltar ao seio de sua família e reconquistar o apoio de sua mãe.
A mulher disse que vive na casa de uma amiga, mas a mesma já deu um prazo de cinco dias para que deixe a residência.
“Ela disse que eu não poderia ficar na casa dela mais não. Não tenho para onde ir mais. Estou abandonada pela minha família. Eu vou ficar na rua”, relatou a mulher.
Para manter o vício, Maria revela que chegou a vende a casa da própria mãe. O imóvel que, segundo ela, custava algo em torno de R$ 80 mil vendeu por R$ 30 mil. A viciada consumiu todo o dinheiro em poucos dias.
“Dentro de 15 dias não tinha mais nenhum real. Porque eu tinha gastado tudinho com crack. Quero mel libertar porque vou acabar fazendo uma besteira”, relatou.
Sem casa, família, ou amigos. Maria disse que virou pedinte para conseguir obter a droga. Ela disse que já faz uma semana que não consome a droga, mas, diante das tentações causados pela abstinência do entorpecente resolveu procurar ajuda.
“Quero um clínica com urgência. Não quer cair em tentação e chegar a roubar. Porque se roubar e usar crack é cadeia e cemitério. Não quero que aconteça isso comigo. Quero ajuda para conquistar minha família de novo”, afirmou.
Roberto Targino – MaisPB
ZONA AZUL - 12/11/2025