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APÓS TORNADO

Página no Facebook ajuda pessoas a recuperar pertences em Oklahoma

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publicado em 25/05/2013 às 15h37

Além das vidas que levou e das casas que destruiu na região de Oklahoma City na última segunda-feira, o tornado também varreu memórias.

A força dos ventos de mais de 320 km/h carregou fotografias antigas, documentos e outros pequenos objetos pessoais para além das fronteiras de Moore, a cidade por onde o tornado fez seu trajeto.

Enviados a quilômetros de distância, os pertences foram encontrados em quintais de desconhecidos, que procuraram uma maneira de devolvê-los aos donos.

Um grupo formado no Facebook, que reúne agora mais de 12,5 mil membros, começou a postar na rede social fotos dos bens recuperados, na tentativa de retorná-los.

Jamie Baker, sobrevivente do tornado, soube por meio de amigos que uma foto antiga com sua filha, que completará 15 anos neste final de semana, era uma das imagens postadas.

‘Encontraram em um lugar que fica a 90 minutos daqui’, diz a mãe de Jamie, Doris Baker, que, por sua vez, trabalhava na ensolarada tarde de ontem em Moore para ajudar as vítimas na tenda da Cruz Vermelha.

O ‘presente’ será enviado pelo correio.

GRITOS NA ESCOLA

Sozinha em casa, Jamie só conseguiu sobreviver porque se escondeu dentro de um guarda-roupa, cobrindo a cabeça com travesseiros.

Ela chora ao narrar o barulho ouvido no momento em que o tornado atropelou sua casa, da qual sobraram apenas pedaços quebrados de madeira e escombros.

‘Quando eu saí, foi como nos filmes, quando o personagem vê uma cena de destruição e pensa que ele é o último ser vivo no planeta.’

Depois de pisar em dois pregos e se machucar, caminhou alguns metros até encontrar uma vizinha, que lhe ofereceu seus calçados, minutos antes de ouvirem os gritos das crianças da escola básica Plaza Towers, que fica na mesma rua.

Ao menos nove crianças morreram no desastre, entre as quais sete que estavam na escola.

Jamie volta a chorar quando se lembra de como ajudou os alunos.

‘Os homens tiravam as crianças de lá e nós tentávamos reuni-las. Estavam todos muito perdidos, andando desesperados. Tem sido muito difícil superar tudo isso. Foi tudo destruído.’

Folha.com

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