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SÃO PAULO

Bala que atingiu repórter da ‘Folha’ foi disparada para o chão, diz PM

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publicado em 14/06/2013 às 14h18

O comandante da Polícia Militar (PM) de São Paulo, Benedito Meira, disse nesta sexta-feira (14) que a bala de borracha que atingiu a repórter Giuliana Vallone, do jornal "Folha de S. Paulo", não foi disparada na direção da jornalista, e sim para o chão. A jovem foi ferida no rosto durante a manifestação contra a alta da tarifa do transporte público, no Centro da capital paulista. O protesto ocorrido na quinta-feira (13) deixou feridos e mais de 200 detidos.

Desde que teve conhecimento das imagens da jornalista ferida, Meira disse ter solicitado que uma equipe fosse ao local onde o disparo teria sido efetuado. De acordo com o comandante, Giuliana informou inicialmente que o disparo havia sido feito por um PM da Rota, mas a tropa de elite da PM, segundo Meira, estava distribuída nas regiões de Higienópolis, Jardins e Moema no momento da ação, para combater roubos a restaurantes.

Ainda de acordo com o comandante, Giuliana estava em um estacionamento durante o incidente. “Realmente tinha um ônibus da Tropa de Choque naquele local, naquele cruzamento. Os policiais estavam embarcando no ônibus quando alguns manifestantes arremessaram pedras. Houve um disparo de elastômero [bala de borracha] que não foi em direção à jornalista, mas foi em direção ao solo. Esse disparo ricocheteou e essa bala de elastômero atingiu a garota dentro do estacionamento”, detalhou.

Em uma publicação feita nesta manhã em sua página do Facebook, Giuliana contou que estava em um estacionamento na Rua Augusta quando foi atingida. "Não vi nenhuma manifestação violenta ao meu redor, não me manifestei de nenhuma forma contra os policiais, estava usando a identificação da ‘Folha’ e nem sequer estava gravando a cena. Vi o policial mirar em mim e no querido colega Leandro Machado e atirar. Tomei um tiro na cara", escreveu.

Repórter já consegue enxergar

Ainda em sua página na rede social, a jornalista contou detalhes sobre a avaliação médica pela qual passou. Na postagem, a jornalista informou que após exames clínicos nenhuma fratura ou dano neurológico foi constatado. Giuliana afirmou ainda que já consegue enxergar com o olho atingido. Ela passou a noite em observação no Hospital Sírio-Libanês.

G1

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