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Campina faz caminhada pela Luta Antimanicomial

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publicado em 14/05/2019 às 10h38

No próximo sábado, dia 18 de maio, será celebrado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que marca o fim dos manicômios e a reforma psiquiátrica no país. Para comemorar a data, a Secretaria Municipal de Saúde realizará a Caminhada da Luta Antimanicomial na manhã da sexta-feira, dia 17.

A concentração será a partir das 8h, ao lado do Parque do Povo, na rua Sebastião Donato. Depois, a caminhada sairá pela rua 13 de maio, seguindo pela avenida Floriano Peixoto, contorna a praça da Bandeira e será encerrada na praça Coronel Antônio Pessoa, na rua Miguel Couto. Mais de mil pacientes e funcionários da Rede de Saúde Mental deverão participar do evento.

Campina Grande se destaca no cenário nacional pela forma como modificou o tratamento dessas pessoas. O antigo manicômio João Ribeiro cedeu espaço a um parque, chamado Parque da Liberdade, fazendo alusão à política de assistência a esses pacientes por meio da liberdade e da inclusão social.

Além disso, foi a primeira cidade da Paraíba a atender pacientes com transtornos mentais e psicológicos dentro de um hospital geral. Desde 2014, o Hospital Municipal Doutor Edgley Maciel disponibiliza 20 leitos, de emergência psiquiátrica, para tratamento de saúde desses pacientes de forma integral.

No último mês de abril, os pacientes encenaram o espetáculo da Paixão de Cristo, no Teatro Municipal Severino Cabral, trabalho que faz parte do processo de inclusão social dessas pessoas. Eles também realizam diversas outras atividades, como o arraial durante o mês de junho, os passeios natalinos, viagens e excursões.

Os usuários têm ainda um Centro de Convivência, com oficinas de música e artesanato. No local também são produzidas peças artesanais que são comercializadas em um estande na Vila do Artesão.

Existem 16 serviços específicos de saúde mental na cidade e cerca de 7 mil pessoas são atendidas por ano. São 8 Centros de Atenção Psicossocial. O Caps AD atende pessoas que sofrem com o vício do álcool e outras drogas. O Caps ADJ atende crianças e jovens nesta situação. O Caps Intervenção Precoce e o Caps I oferecem serviço de acompanhamento psicológico para crianças e adolescentes que sofrem problemas psíquicos.

Existe ainda o Caps II e os Centros dos distritos de São José da Mata e Galante. O Caps III foi implantado nessa gestão e recebe os casos mais graves. O serviço foi habilitado pelo Ministério da Saúde. Além dos Caps, existem seis residências terapêuticas que abrigam, integralmente, homens e mulheres com problemas psicológicos que perderam o vínculo com a família.

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