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Um tribunal de Moscou decidiu nesta terça-feira (22) manter na cadeia o ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos Paul Whelan detido sob suspeita de espionagem, informou a agência Interfax. A defesa havia pedido para que ele fosse liberado sob fiança.
Paul Whelan foi preso em 28 de dezembro “enquanto realizava um ato de espionagem”, segundo o serviço de segurança russo (FSB, na sigla em inglês).
O americano de 48 anos atualmente trabalha como diretor de segurança da empresa americana de componentes automotivos BorgWarner.
O irmão de Paul, David Whelan, disse em entrevista à AFP estar “muito preocupado, porque não há transparência no sistema legal russo” e que teme que ele seja condenado sem provas consistentes. A pena para esse tipo de crime pode chegar a 20 anos de prisão na Rússia.
A família também teme que ele seja vítima de uma disputa diplomática entre a Rússia e os Estados Unidos.
“Não há detalhes sobre as circunstâncias de sua prisão, por isso é difícil não relacioná-lo a um mero cabo de guerra entre os dois países por qualquer motivo”, declarou David Whelan.
A prisão de Whelan – que tem passaportes britânico, americano, irlandês e canadense – é a mais recente de uma série de casos de espionagem registrados entre as duas potências.
Essa prisão ocorre em um momento em que países ocidentais acusam a Rússia de participar de vários escândalos de espionagem.
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou os países ocidentais de recorrerem a tais escândalos para tentar minar o peso do seu país no cenário político internacional.
G1
ENTREVISTA À REDE MAIS - 10/11/2025