João Pessoa, 10 de setembro de 2013 | --ºC / --ºC
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A deputada estadual Iraê Lucena disse ontem que vai deixar o PMDB, partido ao qual é filiada há mais de 30 anos e que teve o seu pai, o ex-senador e ex-presidente do Congresso Nacional, Humberto Lucena, como uma das principais lideranças desde que o partido foi criado, nos anos 60.
A decisão de abandonar o PMDB já foi comunicada por Iraê Lucena ao presidente nacional da legenda, o senador Valdir Raupp. Ela afirmou que cogita ser candidata a deputada federal nas eleições do próximo ano. Caso contrário, ela será candidata à reeleição.
Iraê Lucena disse que vai se filiar a um partido da base do governador Ricardo Coutinho (PSB). “Estou analisando qual será a legenda que vou me filiar, mas certamente será da base do governo”.
A parlamentar também conversou com o ex-prefeito de Campina Grande Veneziano Vital do Rêgo sobre a sua saída e disse que não tentará chegar a um consenso.
“Para mim está sendo muito difícil sair, porque tenho história no partido, assim como o meu pai Humberto Lucena. Sempre fui uma pessoa muito partidária e aprendi a fazer política com o grupo”.
Motivos
Ela explicou os motivos de deixar o PMDB. “Estou saindo por causa das divergências que aconteceram em 2010, e porque não concordo com alguns pontos dentro do partido. Me dou bem com todos do PMDB, mas não me sinto à vontade, nem tenho condições para continuar na sigla”.
Iraê também criticou a falta de renovação na presidência do diretório da legenda na Paraíba. “O partido nunca deu oportunidade para outras pessoas serem presidentes. A presidência foi imposta”.
A deputada destacou: “É só olhar quantas coisas têm acontecido dentro do partido. O ex-senador Wilson Santiago deixou a legenda, o filho dele, o deputado federal Wilson Filho, deve sair, e ainda falam que o deputado federal Benjamin Maranhão cogita a desfiliação”.
Ela reafirmou que “não mereceu o tratamento que o PMDB lhe deu em 2010”. A parlamentar disse que procurará um partido que a dê mais apoio.
O rompimento de Iraê Lucena com as lideranças do PMDB de seu na campanha eleitoral de 2010, quando ela se sentiu abandonada pelo então candidato a governador, José Maranhão.
Na ocasião, a deputada rompeu com o esquema peemedebista e aderiu ao projeto do então candidato a governador pelo PSB, Ricardo Coutinho. Com a vitória de Ricardo, ela se incorporou ao Governo e ocupou a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, de onde saiu para ocupar vaga na Assembleia, por ocasião do pedido de licença do deputado Guilherme Almeida.
Jornal Correio da Paraíba
ZONA AZUL - 12/11/2025