João Pessoa, 10 de setembro de 2013 | --ºC / --ºC
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O índice de endividamento e inadimplência do consumidor na Região Metropolitana de João Pessoa (RMJP) reduziu em agosto, na comparação com julho. A pesquisa registrou uma queda de 1,92 pontos percentuais no nível de endividamento e de 0,85 p.p na inadimplência. Os dados são Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP).
Em relação ao endividamento, em agosto, 75,00% dos consumidores possuíam algum tipo de dívida voluntária (parcelamentos de cartão de crédito, cartão de loja, cheque pré-datado e especial, empréstimos pessoais, entre outros) contra 76,92% no mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a taxa de endividamento também apresentou uma queda de 5,26 p.p, uma vez que em agosto de 2012 o percentual de endividados foi de 80,26%.
Na análise por gênero, tantos os homens (-2,07p.p) como as mulheres (-1,88p.p) apresentaram retração, os índices ficaram 73,37% e 76,50%, respectivamente. Por faixa salarial, os consumidores com rendimentos até dois salários mínimos foram os que mais reduziram as dívidas (-3,48p.p), atingindo um percentual de endividados de 74,61%. Por escolaridade, as pessoas com Ensino Médio completo apresentaram a maior queda de endividamento (-2,84p.p), passando de 78,67% em julho para 75,82% em agosto.
Entre as formas pelas quais os consumidores se endividaram, mais uma vez o cartão de crédito apareceu como o vilão, apontado por 71,59% dos entrevistados. Em segundo lugar aparece o financiamento de veículos (15,91%), seguido pelo cartão de loja (10,23%) e prestação da casa própria (6,44%). Neste quesito, o entrevistado podia citar mais de um item, por isso o somatório ultrapassa 100%.
Segundo a pesquisa, os consumidores apresentaram, em média, 39,55% de comprometimento de sua renda mensal com pagamento de dívidas, o que representa uma leve redução de 0,64 p.p na comparação com julho. O número ultrapassa o ideal recomendado, que é de 30% da renda líquida mensal comprometida para pagamento de dívidas. Nesta análise, os homens (40,12%) comprometeram mais a renda que as mulheres (39,05%). E, por renda, os consumidores que recebem até dois salários mínimos foram os que apresentaram o maior percentual de comprometimento (48,27%), o que representa quase a metade do salário mensal.
Inadimplência – Segundo a pesquisa, a taxa de inadimplência (consumidores que não podem quitar as contas atrasadas em um prazo de 90 dias) registrou 8,95% em agosto. O percentual representa uma queda de 0,85 pontos percentuais, já que em julho o número de inadimplentes atingiu 9,80%. O estudo mostrou, ainda, que 18,56% dos consumidores endividados possuem contas em atraso, uma taxa também menor (-0,33p.p) comparada a julho.
O principal motivo pelas contas em atraso, de acordo com os entrevistados, é a falta de planejamento nos gastos domésticos (53,06%), seguido de desemprego na família (12,24%) e inflação (10,20%). A maioria dos consumidores com contas atrasadas (63,27%) tentou renegociar suas dívidas. Destes, 12,90% não encontraram impedimentos para negociar. Os demais apontaram dificuldades como a taxa de juro elevada (54,84%) e falta de recursos financeiros” (41,94%).
MaisPB com Assessoria
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