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Eduardo Campos diz que PSB está aberto a novos apoios

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publicado em 07/10/2013 às 15h28

 O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou, nesta segunda-feira (7), que a aliança entre PSB e Rede foi o "mais forte ato político dos últimos anos da política brasileira", referindo-se à forma como o grupo de Marina Silva "se levantou" após a decisão do TSE. Embora continue afirmando que questões eleitorais são secundárias atualmente, Campos já fala mais abertamente sobre o pleito do próximo ano e ressaltou que o momento é de consolidar uma plataforma sólida de ideias. “Quanto mais fizermos bem o debate de conteúdos, sintonizados com os valores que nós representamos na vida pública brasileira hoje, mais o eleitoral vai vir”, disse.

"Elas (as ideias) vão ter a capacidade de construir uma plataforma sobre a qual, em 2014, nós haveremos de ter a tarefa de construir uma chapa PSB-Rede, mas também pode ser uma chapa que venha a receber o apoio de outras lideranças políticas que, muitas vezes estando em partidos que não comungam com esse pensamento, poderão se expressar", pontuou, deixando claro que novas alianças podem acontecer.

O socialista ainda revelou que a decisão pela aproximação entre PSB e Rede teve uma participação direta de Marina. Ele ressaltou o fato de ambos serem ex-ministros de Lula e fez questão de frisar que há divergências com a ex-petista, mas o grande objetivo da união é reforçar a identidade existente dos dois lados. O socialista também falou sobre a atitude do PSB de, desde o início, dar suporte à criação da Rede. O próprio governador assinou a lista necessária para a criação do partido.

“O que parecia até uma posição ingênua ou fora de lógica, na lógica tradicional, um partido que pretendia ter um candidato a presidente da República defender que outro partido se formasse para ter uma candidatura que tinha muito mais pontos na pesquisa(…) Aí alguns diziam: ‘vocês estão trabalhando contra’. Não, estamos trabalhando a favor da política”, afirmou. Eduardo Campos disse que a Rede funcionará como um partido em 2014 e garantiu não temer possíveis retaliações por parte do PT.

“Cada dia a gente vai enfrentando os seus dias com tranquilidade, desejando que as pessoas entendam essa nossa posição, que não é contra quem quer que seja, nossa posição não é para destruir quem quer que seja, nós queremos construir um jeito diferente de fazer política”, ponderou. Aliado antigo de Lula, o governador pernambucano explicou que ainda não conversou com o ex-presidente desde que oficializou a incorporação da Rede ao PSB. As declarações foram dadas durante uma visita às obras de construção de um prédio anexo do Hospital de Câncer de Pernambuco.

A aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva trouxe grande repercussão nacional, mas também deve mexer no tabuleiro político no âmbito dos estados e municípios. O presidente nacional do PSB, no entanto, mostrou-se sereno quanto ao assunto: “Nós temos uma visão muito tranquila que tivemos que fazer esse movimento num prazo legal muito curto, das questões formais, a maioria dos estados houve como fazer a aliança Rede-PSB, em outros lugares vamos fazer aliança PSB-Rede e outros partidos que os companheiros da Rede tiveram que ir fazer filiação democrática”.

G1

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