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Deficientes visuais treinam voto na urna

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publicado em 28/09/2018 às 17h51

A Justiça Eleitoral promoveu, nessa quinta-feira (27), demonstração do uso da urna eletrônica para alunos do Centro de Ensino Especial de Pessoas com Deficiência Visual, localizado na 612 Norte, em Brasília (DF). A escola possui quase 500 alunos, e 200 deles participaram da ação conduzida pela Seção de Gestão da Urna Eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de explicações sobre os procedimentos necessários para o exercício do voto, os alunos tiveram oportunidade de interagir com a urna eletrônica por meio de simulações de votação.

O Brasil possui 940.630 eleitores com deficiência, sendo 120.195 cegos (incluindo o cidadão que vota no exterior). De acordo com o chefe da Seção de Gestão da Urna Eletrônica, Adilson Santos, os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar como será o dia da eleição. Ele explicou que foram dadas orientações gerais sobre o voto e esclarecidas dúvidas dos participantes.

As teclas da urna eletrônica têm números gravados em Braille e são equipadas com fones de ouvido para viabilizar o voto do cego. Uma gravação indica para qual cargo ele está votando e quantos dígitos devem ser acionados. O diretor do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, Airton Dutra, disse que solicitou a demonstração para que os alunos pudessem conhecer o sistema de votação e assim se preparassem para votar. “Buscamos promover uma ação de inclusão e cidadania. Nosso objetivo é ampliar o contato com a urna para esse segmento da sociedade”, declarou.

Na avaliação do advogado aposentado Guairacá Carvão Nunes, que participará da primeira eleição após perder a visão, ser orientado sobre os procedimentos necessários para votar proporciona maior segurança e confiança para o dia da votação. Nunes também foi informado que poderá ser acompanhado na cabina de votação por algum parente ou pessoa próxima. Já Rafael Vaz da Silva ressaltou que a simulação foi útil para relembrar como se vota, uma vez que no Distrito Federal as eleições só acontecem a cada quatro anos.

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