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Richarlison curte sucesso: “Não virei bandido como falavam”

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publicado em 03/08/2018 às 11h27
atualizado em 03/08/2018 às 08h28

Em um ano, muita coisa mudou na vida de Richarlison. No início de 2017, chegou do Fluminense no Watford e logo se destacou a ponto de, 12 meses depois, ser contratado a peso de ouro pelo Everton. Foram 45 milhões de libras (cerca de R$ 233 milhões) investidas, uma das contratações mais caras da história do clube de Liverpool. Na chegada, ele lembrou da infância e sorriu de volta para seu destino.

– Falei que muitos dos meus amigos estão presos, alguns já morreram. Eu tinha tudo para entrar nesse caminho. Lembro que andava na rua e me chamavam de vagabundo, bandidinho. Graças a Deus não virei bandido como falavam. Estou aqui na Premier League e ajudo a minha família. É isso que importa. Não ouvi essas pessoas que só querem o mal – disse Richarlison em entrevista exclusiva por vídeo, na expectativa pelo terceiro amistoso de pré-temporada pelo Everton, no próximo sábado, contra o Valencia, no Goodison Park, em Liverpool, às 11h (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV.

A referência foi a uma reportagem recente da revista “FourFourTwo”, na qual contou como o crime o acompanhou de perto na infância e levou alguns de seus amigos. Talvez uma surpresa para quem acompanha o atacante nas redes sociais e suas interações em clima bem mais ameno com os fãs.

– Acho maneiro. Ali no Twitter é comigo mesmo. O assessor também tem acesso à conta, mas sou quem mais usa. Fico batendo papo com a rapaziada. Acho que eles gostam. São fãs, né? Tem sempre que dar atenção, e estou sempre brincando com eles. No dia a dia, estou sempre sorrindo, brincando e lá tento me divertir um pouco – disse Richarlison, que completa.

No Everton, o brasileiro foi um pedido do novo técnico da equipe, o português Marco Silva. Sob o comando dele, Richarlison teve um começo impressionante na temporada passada. Fez cinco gols nos 12 primeiros jogos do Watford.

Após a boa largada de Premier League, o time caiu de produção ao longo da temporada, e Marco Silva foi demitido em janeiro. Depois da saída do treinador, Richarlison não voltou a balançar as redes e encerrou a temporada com cinco gols em 32 jogos.

O novo camisa 30 entende que, mais que a demissão do técnico, a questão física o atrapalhou. Foram duas temporadas sem férias depois de jogar o Sul-Americano de 2017, no início do ano passado, no Equador, e depois se transferir do Brasil para a Europa.

– Acho que fiz uma temporada boa. O começo foi muito bom. Também senti um pouco a parte física. Vinha de dois anos sem férias. Jogando muitas vezes os 90 minutos sem parar. Estava sentindo a perna um pouco desgastada. Até tirava um pouco o pé do treino para não estourar nada na perna. Eu sentia que ia estourar uma hora porque estava muito pesada. A coxa vivia com dor. Resolvi descansar um pouco. Mas durante o jogo sempre dava a vida. Tentava fazer gol, dar assistência, mas infelizmente não saia. Mas nunca deixei de lutar, de correr atrás.

Globo Esporte

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