João Pessoa, 09 de agosto de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está cada vez mais difundido como forma de ingresso no ensino superior. Assim, as instituições particulares vem utilizando a nota dos alunos como pontuação do vestibular. No entanto, a nota de corte exigida por estas não se aproxima do padrão estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) como referência para o Programa Universidade Para Todos (Prouni) ou o Fundo de financiamento Estudantil (Fies).
Os programas governamentais exigem um mínimo de 450 pontos para inscrição no Prouni ou Fies. Contudo, todas as faculdades privadas entrevistadas exigem menos do que isso. Algumas solicitam pelo menos 300 pontos, quando a nota mais baixa do Enem 2016 foi 280,2. Outras pedem que o estudante não tenha zerado o Enem, uma prova que vale em torno de mil pontos.
Não existe jurisprudência do MEC ou da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) sobre o assunto: cada instituição tem a liberdade para definir a forma de ingresso dos candidatos, bem como a nota exigida de cada um.
“Não tem uma regra geral, como é o caso do Prouni e do Fies. Cada instituição tem a prerrogativa de determinar quais critérios vai utilizar na seleção”, afirma o diretor executivo da Abmes, Sólon Caldas.
Das sete instituições questionadas, quatro exigem a nota mínima de 300 pontos no Enem para que o aluno participe do processo seletivo: Cruzeiro do Sul, Anhembi-Morumbi, FMU e Estácio de Sá.
No Centro Universitário São Camilo, exige-se que o candidato não tenha zerado a redação e que tenha obtino no mínimo 20 pontos na prova objetiva. Na Anhanguera, basta não ter zerado o Enem. A São Judas não informou as notas de corte para ingresso, mas ressaltou que o estudante não pode ter tirado nota zero na redação.
G1
ENTREVISTA À REDE MAIS - 12/09/2025