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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A hora do (fio) preto no branco

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publicado em 15/02/2017 às 12h24
atualizado em 15/02/2017 às 09h28

Ministério Público precisa explicar TAC e a Assembleia cumprir sua parte na polêmica da Energisa

Tem algum fio desencapado – com o perdão do trocadilho – nessa polêmica ressuscitada em torno das denúncias de fraudes contra consumidoras atribuídas à Energisa.

A empresa explica que foi inocentada e as acusações arquivadas no âmbito da Justiça do Trabalho, mas o Termo de Ajustamento de Conduta, assinado com o Ministério Público, dá margem para outro tipo de conclusão.

E não apenas a óbvia percepção de que o TAC e o pagamento de multa de R$ 800 mil representa, na prática, uma espécie de confissão de culpa.

No mínimo, o Termo levanta questionamento sobre desleixo ou leniência do MP com o caso. Ora, se cabia multa, por que não denúncia formal e aprofundamento das investigações?

Teria sido o Ministério Público omisso ou prevaricado de sua prerrogativa? As respostas para essas perguntas e a oportunidade de apurar as denúncias contra a operadora estão nas sinalizações de propostas de CPI na câmara de João Pessoa e na Assemebleia.

A Energisa, que se de diz inocente, deve ser a primeira favorável para provar com todas as letras que a acusação de simulação de “gatos” não passou de uma invenção de funcionário contrariado com a empresa.

A Assembleia, patrona recentemente uma CPI da Telefonia, que terminou, ironicamente, também em TAC, e na pífia punição de “investimentos” no sinal paraibano, tem a obrigação de entrar no tema.

Afinal, em tese, nem a Energisa e nem a assembleia devem ter o que temer. Pra o bem dos dois lados, da verdade e dos paraibanos, chegou a hora de passar o “fio preto” no branco.

Pá de terra

Menos de uma semana depois de ser “cobrado” pelo governador Ricardo Coutinho, o senador Raimundo Lira (PMDB) sepultou qualquer interesse em se desfiliar do PMDB. À Coluna, o peemedebista deu a resposta, de forma direta, sem arrodeios: “Não tenho qualquer plano de deixar o PMDB, no presente ou no futuro”. Detalhe: ontem, Coutinho voltou a abrir as portas do partido para o senador.

Ricardo sinaliza para a PM

Mesmo sob rugidos da Polícia Militar,que classifica de penduricalhos a incorporação de gratificações aos salários, o Governo do Estado deu um sinal na direção da categoria. Na prática, o governador ofereceu um gesto de diálogo mínimo com a categoria, o que precisa ser levado em consideração antes da decisão extremada da greve.

BRASAS

*Reforço – O deputado Hugo Motta (PMDB) costura apoio do grupo do ex-prefeito Carlos Antônio (DEM), em Cajazeiras.

*Maratona – Presidente da Assembleia, Gervásio Maia (PSB), começou série de contatos políticos. Esteve recentemente com o ex-senador Wilson Santiago (PTB).

*Ponte – Nonato Bandeira (PPS), chefe de Gabinete do Governo, tenta reaproximar o empresário e ex-candidato a prefeito de Campina Grande, Arthur Bolinha (PPS), do governador Ricardo Coutinho.

*Capitão – O deputado Galego Souza (PP), cujo grupo saiu derrotado em 2016, vai assumir o comando da oposição ao prefeito Jarques Lúcio (DEM), de São Bento.

*No ar – Discreto, Ricardo Coutinho evitou responder a “atrevida” pergunta da jornalista Adriana Bezerra que quis saber se o socialista estava solteiro ou com o coração ocupado.

FALA CANDINHA!

Exumação

Dona Candinha não se conteve quando soube que o governador relançou o secretário João Azevedo, dessa vez como pré-candidato ao Governo, em 2018.

– E quem será o substituto (a)?

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Se Ricardo Coutinho vai ficar, por que a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) incomoda tanto, mesmo em silêncio?

PINGO QUENTE

“Não existe milagre em mobilidade”. Do superintendente da Semob, Carlos Batinga (foto).

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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