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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Por que se foge da vice de Romero?

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publicado em 15/07/2016 às 07h49
atualizado em 15/07/2016 às 04h54
romerorodriguescampina

Prefeito chega à reeleição com um nó na garganta: enfrenta mais resistência do que pretendentes a vice

O que tem de ruim ser candidato a vice do prefeito e candidato à reeleição Romero Rodrigues, de Campina Grande? A pergunta faz sentido diante de alguns fatos registrados nos últimos meses no grupo político do tucano.

O posto já foi abdicado sem muitos traumas pelo atual vice, o empresário Ronaldo Cunha Lima Filho, por absoluta falta de interesse pessoal para renovar o passe na Prefeitura. Inicialmente, Ronaldinho até se empolgou, mas depois jogou a toalha.

No clã, as opções postas resistem. Sondados, os deputados Bruno Cunha Lima e Tovar Correia Lima refletem mais os ônus do que bônus e repassam a missão, sem demonstração de qualquer apetite.

Se dentro do agrupamento não há ninguém com estatura política brigando para ocupar a vice, fora igualmente inexiste grande movimentação. Não se tem notícia de nomes de partidos que estão fora do arco de aliança de Romero disputando com unhas e dentes a posição.

É no mínimo de se estranhar. Romero faz uma boa gestão e conduz sob sua batuta a construção de uma outra cidade, chamada Complexo Aluísio Campos, dentro de Campina Grande, e é razoavelmente bem avaliado.

Mas pelo o que se observa, o resultado administrativo não tem sido suficiente para reflexo político. Há uma certa apatia e ausência de entusiasmo, interna e externamente. Qual a culpa de Romero nesse cartório?

Talvez pela postura humilde demais, quando a dimensão do cargo que ocupa – pelo significado de Campina Grande – exija mais firmeza e luz de liderança. De um prefeito de Campina se espera, no mínimo, uma perspectiva de influência e poder estadual. Espontânea ou involuntariamente, Romero deixa sua estrela ser ofuscada pela constelação que lhe rodeia.

Há um dado ainda mais paradoxal a embutir curiosidade nesse quadro. Em sendo reeleito, Romero pode se desincompatibilizar e abrir espaço de dois anos para o companheiro de chapa governar a segunda cidade mais importante do Estado. Seria mais do que natural, portanto, que olhos brilhassem por essa vice, sob a perspectiva da reeleição. Pelo menos aos olhos de quem acredita nela.

Espaço…
No meio da indefinição, a cúpula tucana em Campina Grande vem achando mais prudente esgotar as possibilidades.

…Aberto
Na prática, a idéia é evitar a chapa puro sangue e tentar atrair apoios externos para fortalecer a reeleição do prefeito.

Ganhando…
Semana após semana, o PP adia o prazo da especulada e aguardada definição de aliança em Campina Grande.

…Tempo
Sem vetos, a legenda de Aguinaldo, Enivaldo e Daniella conversa com todos: de Romero, a Veneziano e Adriano Galdino.

manoeljunioralvoPMDB dividido
No PMDB, há teses para todos os gostos. Um setor não tem mais dúvidas de que o melhor caminho é indicar a vaga de vice do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), enquanto há tempo. Outro, acha que a alternativa mais vantajosa é negociar com o governador Ricardo Coutinho. Certo mesmo só o gradativo desembarque da candidatura de Manoel Júnior (PMDB).

BRASAS
*Aborto – Na votação da LDO, o deputado Benjamin Maranhão (SD) comemorou a sinalização do relator pondo fim a qualquer chance de recriação da CPMF em 2017.

*Alívio – “Isso é um anseio muito grande da sociedade, de todo o setor produtivo, que não seja criado mais um imposto na crise”, registrou Benjamin.

*Recuperação – Da reunião com a direção do Banco do Brasil, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) saiu com a garantia da reabertura de cinco agências bancárias explodidas.

*Dinamitadas – Detalhe: somente no primeiro semestre de 2016, 59 agências paraibanas foram alvo da ação criminosa e terminaram em escombros.

*Carta – Neto Franca, ex-deputado, é o nome do grupo Vital em caso de entendimento entre PSD e PMDB em João Pessoa.

*Filtro – Em caso de desistência oficial de Manoel, o PMDB restringirá os indicados a vice aos membros da Executiva Municipal.

FALA CANDINHA!
O filme se repete
Da profética Dona Candinha: “Manoel Júnior em 2016 é o Veneziano de 2014”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Qual será a cartada de Ricardo para impedir a adesão do PMDB a Luciano?

wilson filhoPINGO QUENTE
“A gente não escolhe adversário”. Do deputado Wilson Filho (foto), pré-candidato a prefeito do PTB à Prefeitura de João Pessoa.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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