Nosso amor existe

João ama João. João e João formam um casal. Maria ama Maria. Maria e Maria formam um casal. João ama João e Maria. João, João e Maria formam um casal. Maria ama Maria e João. Maria, Maria e João formam um casal.

João ama João, mas Maria luta para que a sociedade não reconheça esse amor. Isso forma a homofobia. Maria ama Maria, mas João luta para que a sociedade não aceite essa união. Isso forma a homofobia.

João ama Maria e João, mas outro João luta para que a sociedade não permita esse amor. Maria ama Maria e João, mas outra Maria batalha para que a sociedade jamais aceite esse relacionamento.

Maria ama Maria e esse amor é invisível frente à sociedade. João ama João e esse amor sequer existe para a sociedade. Maria ama Maria e João, mas a sociedade dá de ombros. João ama João e Maria, mas esse amor fica entre a invisibilidade guetificante e a excludente proibição do plural (que ensina que toda forma de amor vale a pena. E sempre valerá).

Hoje, Dia dos Namorados e das Namoradas, gritem seu amor pela janela e mostrem seu afeto em público. Vocês têm esse direito. Andem de mãos dadas. Troquem olhares de cumplicidade. Cheirem-se. Abracem-se. Beijem-se. De João para João. De Maria para Maria. De todos para todos.

Campanha

Palmas para o fotógrafo Ricardo Puppe e o jornalista Theo Borges, idealizadores da campanha #NossoAmorExiste. Neste domingo, dia 12, será lançado na Internet o documentário com histórias de casais LGBTs, destacando narrativas de aceitação, superação, dificuldades e, claro, belas histórias de amor. Acesse a fanpage #NossoAmorExiste

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