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Crise política brasileira deixa cúpula da ONU em alerta

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publicado em 30/03/2016 às 18h00
atualizado em 30/03/2016 às 15h01

A cúpula da ONU (Organização das Nações Unidas) ligou o sinal amarelo para a crise política brasileira. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo, o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, disse que a instabilidade política brasileira pode provocar um impacto internacional e apelou para que os líderes políticos brasileiros busquem “soluções harmoniosas e tranquilas” para a crise.

— Por enquanto, esse é um problema político doméstico. Mas o Brasil é um País muito importante e qualquer instabilidade política no Brasil é uma preocupação social para todos nós.

Em seguida, Ban Ki-moon faz um apelo aos líderes políticos brasileiros — o primeiro direcionado ao Brasil desde que assumiu o comando da ONU, há quase dez anos, e atitude muito rara da entidade.

— Peço que os líderes adotem soluções harmoniosas e tranquilas. Sei que é um desafio que o País vive. Mas acho que vão conseguir superar.

O estado de alerta da entidade tem um motivo principal: a possibilidade de a instabilidade política brasileira se alastrar para outras democracias recentes — e mais frágeis — da América Latina.

Uma semana atrás, a ONU rompeu o silêncio e fez um alerta para a crise política brasileira. A entidade, em um apelo tanto para os membros do Governo federal como para os integrantes de outros partidos políticos, disse esperar que os políticos brasileiros “cooperem totalmente” com o Judiciário nos supostos escândalos de corrupção — chamada de “corrupção de alto nível” pela entidade.

A ONU pediu ainda que os políticos brasileiros evitem “quaisquer ações que possam ser vistas como um meio de obstruir a Justiça”. Ao mesmo tempo, reivindicou ao Judiciário uma atuação “dentro das regras do direito doméstico e internacional, evitando adotar posições político-partidárias”.

A cúpula da ONU cobra todos os agentes políticos brasileiros ao destacar os “debates cada vez mais politizados e acalorados” dos últimos meses no Brasil. A entidade ressalta um risco de “um sério dano de longo prazo para o Estado e para as conquistas democráticas feitas nos últimos 20 anos nos quais o Brasil tem sido governado sob uma Constituição que dá fortes garantias de direitos humanos”.

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