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O trânsito nosso de cada dia (I)

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publicado em 03/09/2010 às 10h31

Que ninguém tome estas considerações, que aqui vamos expor, como crítica pela crítica, muito menos como manifestação de conotação político-partidária. E esta observação logo fazemos porque, infelizmente, as contribuições críticas são, não raro, prontamente “carimbadas” como posicionamento político-partidário. E não são!

Também vale ser destacado que convictos estamos de que nossos pontos de vista não são necessariamente verdades definitivas, mas questionamentos que buscam, no caso, a melhoria no “trânsito nosso de cada dia”.

Sabemos não ser fácil a solução dos problemas do trânsito, nos tempos de hoje… Aqui e alhures! E estes problemas têm geometricamente crescido até mesmo em cidades pré-planejadas, como Brasília, Belo Horizonte e especialmente Curitiba. Ressaltamos Curitiba porque igualmente todos sabemos que se trata da cidade brasileira que há trinta e cinco anos atrás já havia implantado vias exclusivas para os ônibus em medida de priorização do transporte público de passageiros. Separou, em muitos dos espaços curitibanos, a “briga” entre o automóvel individual e o ônibus do transporte coletivo com consequências muito positivas na fluidez do trânsito. Hoje, porém, Curitiba igualmente convive com congestionamentos estressantes, por igual fenômeno que atinge as demais cidades, ou seja, o aumento exorbitante de automóveis.

Mas, deixemos Curitiba com seus problemas específicos e nos foquemos na cidade de João Pessoa e nas vias que estão ao seu redor, a exemplo da BR-230, naqueles trechos que confundem se pertencem à capital paraibana ou a Cabedelo. E lá na área próxima à AMEM, até à entrada/saída do Núcleo Residencial Renascer, todas as manhãs, entre as 6h30 e 8h30, pensem em um “estressante congestionamento”!… Os veículos, inclusive os do transporte coletivo, demoram entre cinco a oito minutos em um percurso de no máximo 400 metros, percurso este que em condições normais, com o veículo desenvolvendo 60km/h, não se gasta 25 segundos! A quem compete a iniciativa para pelo menos a amenização desse caso? Ao DNIT? À PRF? À Prefeitura de Cabedelo? Ou ao Estado caberia puxar para si essa iniciativa, mesmo que para reunir e unir aquelas outras instituições no objetivo de encontrar a solução?

Todavia, trazendo a questão para o centro da cidade de João Pessoa, um aspecto que precisa urgentemente ser considerado é o das áreas de estacionamento, áreas estas inseridas nos espaços das próprias ruas ou avenidas e, desta forma, complicam e prejudicam o trânsito, concorrendo para seu congestionamento e lentidão!

Vamos dar, em nossa imaginação, um passeio pelas estreitas ruas centrais de João Pessoa, como a 13 de Maio, a Santo Elias e a Barão de Abihay, para só citar estas três em torno da sede do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba! São ruas estreitas e que, mesmo assim, estão com áreas para estacionamento. Na própria rua Santa Elias existe um terreno no qual já são disponibilizados uns 40 boxes para estacionamento, óbvio que de propriedade particular e como tal explorado comercialmente. Imaginemos se esse terreno fosse transformado em um prédio/garagem, multiplicando a capacidade de seus atuais 40 boxes para uns 200, correspondendo à capacidade do prédio-garagem do Shopping Manaíra!… Claro que um prédio-garagem deste porte teria a capacidade de abrigar todos os veículos que hoje estacionam nessas três vias aqui já citadas, e, por conseqüência, propiciaria deixá-las livres para que o trânsito nelas flua melhor!

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