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LAVA-JATO

Empresário é preso em operação contra esquema na Eletronuclear

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publicado em 10/08/2016 às 10h37

A Polícia Federal realiza a Operação Irmandade, nova fase da Lava Jato, em São Paulo nesta quarta-feira (10) contra esquema de propinas e desvios de recursos nas obras de Angra 3, da Eletronuclear.

Policiais federais estiveram pela manhã em um condomínio na Zona Sul de São Paulo cumprindo um mandado de busca e apreensão e outro de prisão contra Samir Assad, acusado de ser operador financeiro da construtora Delta, que integrava um grupo responsável pelas obras. Na operação desta quarta-feira, há também um mandado de busca e apreensão na casa de Samir.

Samir Assad é apontado como operador do esquema descoberto  na operação Pipriaz, deflagrada em julho.

Entre os presos naquela ocasião estava o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro que já foi condenado a 43 anos de prisao por desvios de recursos nas obras de Angra 3. Othon foi preso em um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos da Petrobras, em 6 de julho no Rio de Janeiro. Até então, ele cumpria prisão domiciliar.

Samir Assad é irmão de Adir Assad, que foi preso em 30 de junho na operação Saqueador também por desvios de recursos nas orbas da construtora Delta.

A Operação Irmandade é um desdobramento da Operação Pripyat, em que foi investigado desvio milionário nas obras de Angra 3 da Eletronuclear, sendo presas 10 pessoas vinculadas ao núcleo administrativo de organização criminosa estruturada para desviar recursos públicos.

As investigações da PF dizem que um clube de empreiteiras desviava recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3. O dono da Delta, Fernando Cavendish, também foi preso em 2 de julho.

A defesa de Fernando Cavendish declarou na época que tomará as providências judiciais contra o que chamou de “ilegalidade” da prisão e que, num inquérito que tramita há mais de três anos, Cavendish sempre atendeu às solicitações da autoridade policial.

Foi o Ministério Público Federal do Rio que investigou o esquema de lavagem de dinheiro. Os procuradores descobriram que, entre 2007 e 2012, a Delta faturou quase R$ 11 bilhões, só com verbas públicas, o que representa 96,3% de tudo que ganhou nesse período. Desse total, o MPF conseguiu comprovar que pelo menos R$ 370 milhões foram desviados.

G1

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