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PMDB vota a favor do impeachment, mas libera dissidentes

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publicado em 14/04/2016 às 12h48

Em reunião da bancada nesta quinta-feira (14), o PMDB decidiu que vai orientar voto a favor da continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi anunciada pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que é pessoalmente contrário ao afastamento de Dilma. Segundo ele, a maioria da bancada se manifestou favoravelmente à continuidade do processo.

“Cerca de 90% da bancada defendeu o impeachment”, disse Picciani, destacando que ele manifestará como líder a posição da maioria, mas votará, como deputado, a favor governo Dilma.

Não haverá, porém, o chamado “fechamento de questão”, quando os deputados podem sofrer punição e até serem expulsos da legenda caso não sigam a orientação partidária. Segundo o deputado José Prianti (PMDB-PA), vários deputados defenderam uma posição mais firme, com fechamento de questão, mas ele ponderou que isso só poderia ser definido pela Executiva Nacional do partido. “Foram vários discursos pró-impeachment e alguns deputados queriam uma posição mais radical”, disse.

Apesar da maioria em prol do impeachment, ministros do PMDB disseram, na reunião, que vão votar pelo arquivamento do processo. Para garantir votos, Dilma exonerou ministros do governo que têm mandato na Câmara para reassumirem o cargo de deputados e votarem contra o impeachment no fim de semana. Três dos ministros exonerados são do PMDB:Celso Pansera (Ciência e Tecnologia),Marcelo Castro (Saúde) e Mauro Lopes (Aviação Civil).

Rompimento
No dia 29 de março, o PMDB oficializou o rompimento com o governo Dilma Rousseff. O desembarque foi articulado pessoalmente pelo vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB.

O Diretório Nacional do partido exigiu ainda que os peemedebistas entregassem cargos e ministérios, mas os ministros do partido se negaram a deixar os postos. Alguns deputados também permaneceram fiéis a Dilma, liderados por Leonardo Picciani.

Apesar disso, a pressão para defender o rompimento e facilitar a ascensão de Michel Temer à Presidência aumentou nas últimas semanas e facilitou a decisão para que a orientação na votação do impeachment em plenário fosse favorável à continuidade do processo.

Líder do governo
Em entrevista logo após café da presidente Dilma Rousseff com deputados aliados, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, disse que há votos suficientes para barrar o processo de impeachment na votação do fim de semana.

Não tem risco de termos menos de 216 votos. Não tem risco, pelos cálculos e pelos contatos. Evidentemente que, se você pegar, e a mídia sabe disso, eles [oposição] não tem os 342 votos. A proporção é que, para nós, a nossa margem está acima dos 172, bem acima. Para eles, a margem está muito abaixo de 342. Esta é a proporção”, disse Guimarães.

PTB
Também nesta manhã, em cerimônia na qual o delator do mensalão Roberto Jefferson reassumiu a presidência do PTB, a agora ex-presidente da sigla, Cristiane Brasil ,propôs que o PTB “fechasse questão” a favor do impeachment de Dilma, recomendando que todos os 19 deputados da bancada  votasse pelo afastamento da presidente da República na votação deste domingo (17) no plenário da Câmara.

A proposta foi aprovada pelos membros do partido. Apesar de a , Cristiane Brasil, disse que o partido vai “respeitar” os deputados petebistas que votarem contra o impeachment.

G1

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