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Mesmo em atos pró-Dilma, PSOL se diz contra ‘corrupção do PT’

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publicado em 02/04/2016 às 09h51
atualizado em 02/04/2016 às 06h52

O presidente do diretório estadual PSOL na Paraíba, Tárcio Teixeira, divulgou artigo, nesta sexta-feira (01), no qual justifica sua presença nas ruas nos protestos em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT) e contra o suposto ‘golpe”. Ele afirma que o PSOL não foi às ruas “defender o desastroso Governo Dilma ou blindar as denúncias de corrupção que envolvem PT, PSDB e PMDB, mas para defender o Estado Democrático de Direito”.

“Claro que não agrada ao PSOL, ou a outros cidadãos críticos presentes no ato contra o golpe, ouvir Ricardo Coutinho (PSB) falar em golpe pouco tempo após a imposição da MP 242, diante da lógica privatizante adotada em sua gestão e do atual caos das políticas de saúde, segurança, educação, cultura e mobilidade urbana; claro que não agrada ouvir Charliton Machado (PT) falar em unidade das esquerdas quando há muito o PT abandonou as bandeiras de luta ou quando trabalham para destruir a chapa de vereador do PSOL; claro que não nos agrada saber que essa luta só é necessária devido os desvios políticos e éticos do PT e seus aliados do PMDB”, diz o artigo.

Confira o artigo abaixo

Mais Vale a Liberdade que um Breve Constrangimento de Atos Unitários!

O PSOL e a Frente Povo Sem Medo esteve na construção dos atos nacionais – realizados no último dia 31 de março – contra o Golpe, contra o Ajuste fiscal do Governo Dilma e Pelo Fora Cunha. Na Paraíba, infelizmente, a política hegemonista da Frente Brasil Popular, composta inclusive pelo PSB que é favorável ao Golpe, tem dificultado um maior envolvimento de outras formas de pensar, o que acaba deixando de lado (ou dando menos intensidade) a pauta de enfrentamento ao Ajuste Fiscal, focando apenas na pauta política, como se fosse possível separar da economia, das reais necessidades do povo.

O sentimento de muitos no Ponto dos Cem Réis era de constrangimento, como confessavam os/as militantes/cidadãos ao abordar os/as partidários/as do PSOL para elogiar a postura crítica, sem deixar de participar da luta em defesa do Estado Democrático de Direito. Essas pessoas estavam no Ponto dos Cem Réis pelos mesmos motivos que o PSOL. Não para defender o desastroso Governo Dilma ou blindar as denúncias de corrupção que envolvem PT, PSDB e PMDB, mas para defender o Estado Democrático de Direito, hoje ameaçado por uma justiça na qual a balança pesa mais para um lado que para o outro, por um golpe sem base material que pode levar uma sucessiva lista de corruptos ao centro do poder em nosso país.

Claro que não agrada ao PSOL, ou a outros cidadãos críticos presentes no ato contra o golpe, ouvir Ricardo Coutinho (PSB) falar em golpe pouco tempo após a imposição da MP 242, diante da lógica privatizante adotada em sua gestão e do atual caos das políticas de saúde, segurança, educação, cultura e mobilidade urbana; claro que não agrada ouvir Charliton Machado (PT) falar em unidade das esquerdas quando há muito o PT abandonou as bandeiras de luta ou quando trabalham para destruir a chapa de vereador do PSOL; claro que não nos agrada saber que essa luta só é necessária devido os desvios políticos e éticos do PT e seus aliados do PMDB.

Não, não nos agrada, mas temos responsabilidade com nosso país, carregamos a Liberdade no nome do PSOL e seguiremos ao lado daqueles/as que lutam, não para livrar sua pele ou impedir o fortalecimento das novas forças de esquerda, mas para defender a Democracia, mesmo que sem acesso aos microfones, mesmo sem espaço para construções mais amplas que a chamada Frente Brasil Popular.

Quer queiram, quer não queiram, temos nossa responsabilidade e lado nessa luta. Queremos contribuir com uma construção mais ampla, mas a visão analógica – dos que só percebem a política da quantidade e das “forças” – obriga que primeiro iniciemos a construção da Frente Povo Sem Medo e da INTERSINDICAL na Paraíba para, só depois, ter acesso (ou iniciar uma disputa desnecessária) aos microfones e a organização coletiva de uma jornada que é pela Democracia, pelo Estado Democrático de Direito.

Melhor constrangido que calado! Melhor constrangido que com a Liberdade cotidiana cerceada! Melhor constrangido que com Temer, Cunha e Renan, com o apoio do PSDB e o fim da Lava Jato, na Presidência da República.
Não Vai Ter Golpe! Vai Ter Luta (em Defesa do Estado Democrático de Direito e Contra os Ataques do Governo)!

52 Anos do Golpe de 1964 – Ditadura Nunca Mais!

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