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DESDÉN

QUEIXA: Prefeitura de Campina prejudica usuários de ônibus ao mudar trânsito

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publicado em 27/08/2012 às 12h20

O diretor executivo da AETC-JP e colunista do Portal MaisPB, Mário Tourinho, fez duras ao desdém dado pela Prefeitura de Campina Grande aos usuários da linha de ônibus ‘444’, uma das mais utilizadas pela população campinense que trafega na região do Centro da cidade.

Segundo o dirigente, ao anunciar a mudança no tráfego da Rua Dr. Severino Cruz (que passa a ser mão única), a administração da cidade visou apenas os usuários de veículos, deixando prejudicado – por sua omissão – milhares de usuários da referida linha, que agora precisam viajar mais 10 minutos para chegar o mesmo local.

De acordo com Tourinho, com a implantação do sentido único na via, a Prefeitura impediu o tráfego da 444, mudando sua rota para outros sentido

“Usuários terão que enfrentar agora 5 cruzamentos e mais 2 semáforos, pelo que levarão um tempo mínimo de uns 10 minutos para chegarem ao mesmo local”, queixou-se o dirigente

Confira a coluna na íntegra

O contra-senso da STTP

Não importa se, diante da recente reforma ortográfica, o contra-senso tenha ou não o hífen. O que importa é que, se real a notícia que circulou neste final de semana, a STTP estaria cometendo uma medida contrária ao bom-senso (sem também aqui ser importante se tem ou não o hífen)!

A STTP, todos sabemos, é a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos de Campina Grande. E neste sábado, tanto no jornal Contraponto quanto na revista A Semana, elogiamos o elogio que uma usuária do transporte coletivo campinense fizera à STTP, elogio este exatamente pelo que aquele órgão parecia ter feito… e não fez!

A passageira campinense elogiara a STTP porque em maio deste ano “teve a hombridade de voltar atrás na medida que precipitadamente anunciara em relação à rua Dr. Severino Cruz, artéria em que implantaria mão única, sentido Centro-Catolé, atendendo pedidos de motoristas e moradores da proximidade”. Parecia, pois, que tivesse mesmo voltado atrás, o que – aí, sim – seria uma medida de bom-senso, porquanto em vez de atender só a “motoristas e moradores das proximidades”, estava satisfazendo a uma população bem maior: a que recorre, todos os dias, aos ônibus da rota 444 (Linha Vermelha), inclusive para dirigir-se à Casa da Cidadania e aos centros de ensino das imediações.

Mas, de acordo com notícias deste final de semana, a STTP mudou seu posicionamento e estabeleceu que a partir desta segunda-feira, 27 de agosto, os ônibus da Linha Vermelha, Rota 444, não mais passem pela rua Dr. Severino Cruz, de uns 800 metros (trecho este que faziam em apenas 3 minutos), sendo agora obrigados, para alcançar o mesmíssimo ponto, a percorrerem as ruas Miguel Couto, João da Mata e Vila Nova da Rainha, enfrentando 5 cruzamentos e mais 2 semáforos, pelo que levarão um tempo mínimo de uns 10 minutos para chegarem ao mesmo local.

Na elaboração destes escritos buscamos, inclusive a internet, sobre o anúncio dessa mudança. Nada encontramos. E recorrendo a um amigo campinense, este disse já ter lido uma mensagem recente, via “twiteer”, postada pelo superintendente da STTP afirmando que “meu tempo é precioso para dar ouvidos a qualquer opinião”. Respondemos que não acreditávamos ter o superintendente da STTP feito tal afirmação, não só pelo “gentleman” que ele demonstra ser, mas por sua função como agente público, o que exige que seja auscultada a população usuária do transporte coletivo para saber se efetivamente a ela satisfaz uma mudança desse tipo, em que o tempo de viagem será aumentado para satisfazer “motoristas e moradores da proximidade”. Deixar de ouvir a população também exporia a PMCG como que só no discurso estivesse dizendo priorizar o transporte coletivo, transporte coletivo que, priorizado, constitui uma das principais ferramentas da acessibilidade, que é mais, até, que “mobilidade urbana”.

MaisPB

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