João Pessoa, 28 de maio de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora

Brasil… “Maria, Carnaval e Cinzas”

Comentários: 0
publicado em 28/05/2017 às 11h41

Dias desses, no carro, rádio ligado(não me lembrose na Correio 98 FMouse na Mix 93 FM), eis uma canção que (aí, sim, lembro-me)  fez sucesso  nos fins dos anos 60, porquanto conquistara o 5º lugar no Festival da Música Popular Brasileira, realizado em outubro de 1967, em São Paulo, exatamente no Teatro Paramount.

A canção era “Maria, Carnaval e Cinzas”, de autoria de Luiz Carlos Paraná, que três anos depois (dezembro de 1970), aos 38 anos, com sua saúde debilitada, não resistiu e viera a falecer.

Nesse Festival da Música Popular Brasileira o intérprete da canção de Luiz Carlos Paraná fora Roberto Carlos, este então com apenas 26 anos, mas já bastante aplaudido pelo público brasileiro, especialmente em função do programa que comandara (juntamente com Erasmo Carlos e Wanderléia) na TV Record/SP, nas tardes dos domingos – “Jovem Guarda”.

No carro, rádio ligado e a atenção, também, na letra de “Maria, Carnaval e Cinzas” (interpretada com igual bela melodia), fico na curiosidade e a perguntar o que inspirara Luiz Carlos Paraná a compor aquela canção, lá naquele ano de 1967, em que o Brasil saíra do Governo Castelo Branco e já se encontrava sob o comando de Costa e Silva!… As Marias de então seriam as mesmas de hoje?! O carnaval já era apontado como o pão e circo enganadores do povo?! E as fantasias a que Luiz Carlos Paraná referia-se, persistem ainda?!

Cabe que juntos reflitamos sobre o que o autor de “Maria, Carnaval e Cinzas” dizia há 50 anos atrás:

– “Nasceu Maria/ Quando a folia/ Perdia a noite/ Ganhava o dia/ Foi fantasia/ Seu enxoval/ Nasceu Maria/ No carnaval!

– E não lhe chamaram assim/ Como tantas Marias/ De santas… Maria de flor/ Seria Maria/ Maria somente/ Maria semente/ De samba e amor!

– Não era noite/ Não era dia/ Só madrugada/ Só fantasia/ Só morro e samba/ Viva Maria!

– Quem sabe a sorte lhe sorriria/ E um dia viria/ De porta estandarte/ Sambando com arte/ Puxando os cordões/ De certo estaria/ Em plena folia/ Nos olhos e sonhos de mil foliões!…

– Morreu Maria/ Quando a folia/ Na quarta feita também morria/ E foi de cinzas seu enxoval/ Viveu apenas um carnaval.

– Que fosse chamada então como tantas/ Marias de santas/ Marias de flor/ Seria Maria/ Maria somente/ Maria semente/ De samba e amor!

– Não era noite, não era dia/ Somente restos de fantasia/ Somente cinzas/ Pobre Maria/ Jamais a vida lhe sorriria!…

– E nunca viria/ De porta estandarte/ Sambando com arte/ Puxando cordões/ E não estaria/ Em plena folia/ Nos olhos e sonhos de mil foliões!”.

Leia Também

MaisTV

Podcast +Fut: entrevista com treinador do Sousa e início de trabalho de Evaristo Piza

Podcast da Rede Mais - 23/04/2024

Opinião

Paraíba

Brasil

Fama

mais lidas