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Comandante da PM defende policiais alvos de prisões: ‘Não sou frouxo e covarde’

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publicado em 18/08/2025 ás 14h20
atualizado em 18/08/2025 ás 18h00
Comandante da Polícia Militar, coronel Sérgio Fonseca, durante entrevista no Programa Hora H (Foto: Rede Mais)

O comandante da Polícia Militar da Paraíba, Sergio Fonseca, defendeu, nesta segunda-feira (18), os policiais alvos de uma operação do Ministério Público da Paraíba que investiga a atuação dos agentes em uma chacina no Conde, no dia 15 de fevereiro, que terminou com a morte de cinco pessoas. Ao sair em defesa, o chefe da Corporação disse não ser “frouxo e covarde” e garantiu confiar na palavra dos oficiais.

“Eu como comandante não sou frouxo, nem sou covarde de não defender os meus policiais, até porque são policiais reconhecidamente operacionais que só esse ano apreenderam mais de 127 armas de fogo na área do 5º Batalhão. Então nós confiamos na palavra do policial, agora se for provado o contrário, eu tenho certeza que a Justiça paraibana dará o direito desses policiais responderem e se defenderem, assim como o Ministério Público”, respondeu o comandante em entrevista à TV Cabo Branco.

Além disso, Sérgio Fonseca frisou que a Polícia Militar vai cumprir todas as decisões judiciais e lembrou da presunção de inocência dos policiais.

“O que a gente quer contextualizar é o seguinte: a Polícia Militar da Paraíba cumpre na íntegra todas as decisões que vierem da Justiça. Nós vamos cumprir com toda responsabilidade. Agora o que aconteceu foi uma prisão temporária, essa prisão temporária não significa condenação. Os nossos policiais, assim como qualquer cidadão, eles têm o princípio da presunção de inocência”, lembrou o coronel.

Entenda o caso

Seis policiais militares foram alvo de uma operação, na manhã desta segunda-feira (18), suspeitos de envolvimento em uma chacina em Conde, no dia 15 de fevereiro, que terminou com a morte de cinco jovens. A ação, coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), cumpre 12 mandados judiciais, sendo seis de prisão temporária e seis de busca e apreensão.

Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara Única do Conde. Nesta manhã foram presos cinco agentes. Um dos alvos está fora do Brasil, segundo a defesa.

A ação conta com o apoio do Núcleo de Gestão do Conhecimento (NGC), Polícia Militar e da Polícia Civil da Paraíba.

A operação, chamada Arcus Pontis, tem a participação de 72 integrantes, entre promotores de Justiça, integrantes do NGCSI, policiais militares, inclusive com o apoio da respectiva Corregedoria, além de policiais civis.

MaisPB