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EI liberta dois jornalistas iraquianos após um mês de detenção

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publicado em 02/02/2015 às 08h34
Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater os jihadistas do Estado Islâmico em Mosul (Ahmed Saad/Reuters/VEJA)

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) libertou dois jornalistas iraquianos detidos durante mais de um mês na cidade de Mosul, no Iraque, informou nesta segunda-feira (2) um membro do Sindicato de Jornalistas iraquiano, Sufian al Mushedani. Mushedani explicou que um fotógrafo, Mahmoud Nadim, e um correspondente, Samim Yousef, do canal de televisão de Ninawa foram postos em liberdade ontem à noite.

Os dois jornalistas se encontram abalados psicologicamente pelas duras condições de sua detenção e ameaças sofridas pelos jihadistas. Em 30 de dezembro, Nadim e Yousef foram sequestrados pelo EI no leste de Mosul, capital da província de Ninawa, e foram levados para um paradeiro desconhecido. Um grande número de jornalistas fugiu de Mosul ou trabalha nos arredores da cidade clandestinamente desde que os jihadistas tomaram o controle da localidade em junho do ano passado. O grupo extremista libertou em 26 de novembro quatro jornalistas iraquianos após mais de um mês em cativeiro em Mosul, sem que se saiba também o motivo da decisão.

O EI, que proclamou um califado nas zonas sob seu controle no Iraque e na Síria, vem sequestrando jornalistas ocidentais em território sírio e decapitou vários deles. A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou no final de outubro do ano passado a “perseguição criminosa e fanática” do EI aos jornalistas e afirmou que as áreas controladas por esse grupo se transformaram em “buracos negros para a livre informação”.

Refém japonês – Neste sábado, o EI anunciou ter decapitado o refém japonês Kenji Goto. O assassinato foi condenado com firmeza tanto pelo governo japonês, que se disse indignado com mais um ato terrorista abominável e desprezível, quanto por líderes ocidentais. Após multiplicar as ameaças nos últimos dias, o EI divulgou um vídeo em que o jornalista japonês aparece de joelhos, vestindo um traje laranja, tendo à sua frente um homem encapuzado e todo de preto que, com uma faca na mão, responsabiliza o governo japonês por seu “martírio”. O vídeo termina com uma foto do corpo jogado no chão, com a cabeça nas costas.

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